Presidente argentino afirma que quem falta à reunião semestral do bloco perde.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta segunda-feira (8), a ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, na Cúpula do Mercosul, realizada em Assunção, no Paraguai. Milei foi o único chefe de Estado que não participou da reunião semestral do bloco, originalmente formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e que agora formalizou a entrada da Bolívia como membro pleno. A presença da Argentina é fundamental para o fortalecimento do Mercosul e para a integração regional.
Em meio a esse cenário, a ausência de Javier Milei, Presidente de Argentina, levanta questionamentos sobre o futuro do bloco e as relações entre os países membros. Milei tem sido alvo de críticas por sua postura mais radical em relação às políticas econômicas e comerciais do Mercosul. É importante que haja diálogo e cooperação entre os líderes para garantir o desenvolvimento sustentável da região. A Argentina desempenha um papel-chave no Mercosul e sua participação ativa é essencial para o avanço dos acordos comerciais e a cooperação regional.
Argentina: Importância na Presidência de Argentina
”Acredito que aqueles que não comparecem perdem mais do que os presentes, é quem não veio. Quem não veio perde a oportunidade de aprender, de se manter informado. Sempre que tenho a chance de participar de uma reunião com outro chefe de Estado, não hesito, porque sempre estou absorvendo conhecimento, sempre estou dialogando com pessoas mais preparadas do que eu”, declarou Lula. Ao criticar a ausência de Javier Milei, Lula ressaltou a relevância da Argentina para o sucesso do Mercosul. ”É um equívoco enorme o presidente de um país tão significativo como a Argentina não participar de uma reunião com o Mercosul, é lamentável para a Argentina. No entanto, uma coisa é certa: estamos trabalhando para fortalecer o Mercosul com a Argentina porque reconhecemos a importância do país. A Argentina desempenha um papel extremamente crucial para o êxito do Mercosul.” As declarações foram feitas em uma entrevista a jornalistas pouco antes de o presidente brasileiro deixar a capital paraguaia em direção à Bolívia, onde terá um encontro bilateral com o presidente Luís Arce, além de participar de um evento com empresários dos dois países. Mais cedo, ao discursar na sessão principal da Cúpula do Mercosul, Lula criticou o que chamou de ”nacionalismo arcaico e isolacionista”. Ausente na reunião semestral do bloco, Javier Milei participou, no último fim de semana, de uma conferência que reuniu políticos da extrema-direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e ativistas liberais conservadores, na cidade de Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina. Sobre o evento, Lula afirmou que não desperta seu interesse. ”Sinceramente, é um tipo de encontro que não me atrai. Acredito que, no final das contas, o presidente da República [Milei] desperdiçou tempo participando de algo tão desagradável, tão antissocial, tão contrário à sociabilidade, tão antidemocrático. Não entendo o que as pessoas ganham ao participar disso”, comentou. Virada na França Lula também foi questionado sobre o desfecho do segundo turno das eleições legislativas na França, onde a Nova Frente Popular, uma coalizão de esquerda, conquistou o maior número de assentos na Assembleia Nacional do país, revertendo uma esperada vitória da extrema-direita, de Marine Le Pen, que liderou no primeiro turno, mas acabou em terceiro lugar, atrás da aliança de centro representativa do grupo político do presidente Emmanuel Macron. ”O que ocorreu na França é a maravilha que a democracia representa, ou seja, quando tudo parecia confuso, quando tudo parecia estar dando errado, eis que o povo se manifesta, o povo sai às ruas e diz: ‘queremos que os setores democráticos continuem governando a França, não queremos extrema-direita, não queremos fascismo, não queremos nazismo, queremos democracia’. Foi isso que aconteceu na França, e estou muito contente”, afirmou Lula. Sobre a dificuldade na formação de um novo governo, uma vez que nenhuma das forças políticas obteve a maioria absoluta,
Fonte: @ Agencia Brasil
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