20 montadoras chinesas vendem carros no México, sem fábricas. EUA teme acordo comercial com México para favorecer entrada de veículos elétricos chineses.
O governo do México está sob pressão para restringir a entrada das montadoras chinesas no país, resistindo a conceder benefícios e incentivos. As autoridades mexicanas estão evitando oferecer vantagens como terrenos públicos de baixo custo ou isenções de impostos para investimentos no setor de veículos elétricos, uma decisão que está impactando as negociações com as fabricantes chinesas. A recente reunião entre representantes do governo mexicano e uma montadora chinesa revelou a postura atual em relação a esse tema delicado.
A posição do governo mexicano em relação às montadoras chinesas reflete a complexa interação entre as políticas nacionais e os interesses econômicos internacionais. A recusa em fornecer incentivos significativos está gerando discussões sobre o futuro das parcerias entre o México e as fabricantes chinesas. É vital encontrar um equilíbrio que promova investimentos estrangeiros no setor automotivo, ao mesmo tempo em que protege os interesses locais da indústria automobilística mexicana.
Montadoras Chinesas Enfrentam Obstáculos no México
Uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo em termos de vendas encontrou dificuldades no México. Autoridades mexicanas deixaram claro que não haveria incentivos como os concedidos às montadoras no passado. Em reunião, foi decidido que futuros encontros com as montadoras chinesas seriam suspensos, segundo fontes não identificadas. O gabinete do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e o Ministério da Economia do México optaram por não comentar o assunto.
No México, cerca de 20 montadoras chinesas vendem carros, representando aproximadamente um terço das ofertas de marcas no país. Surpreendentemente, nenhuma delas possui uma fábrica no território mexicano. A pressão do governo dos EUA, através do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), foi um fator determinante para manter as montadoras chinesas fora da zona de livre comércio estabelecida pelo Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
BYD, SAIC, Geely, Chery e JAC são algumas das fabricantes chinesas que enfrentam restrições no México. A intervenção dos EUA reflete o temor da indústria automotiva sobre a possibilidade das montadoras chinesas usarem o México como porta de entrada para vender carros elétricos nos EUA sem pagar altas tarifas. O Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) não foi concebido para beneficiar empresas chinesas em detrimento das americanas.
As autoridades norte-americanas, incluindo a representante comercial, Katherine Tai, defendem a proteção dos veículos elétricos da concorrência chinesa subsidiada. A preocupação reside na possibilidade das montadoras chinesas inundarem o mercado dos EUA com veículos que podem representar uma ameaça à segurança nacional. Nesse contexto, cortes de impostos para fabricantes de veículos elétricos visam garantir a competitividade das empresas locais e proteger a indústria automotiva dos EUA.
Fonte: @ Info Money
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