Cineasta de comédias de Hollywood nas décadas de 80 e 90; filmografia centrada em valores familiares e romance; integrante do Sindicato dos Diretores.
Um Legado de Amor e Família
Charles Shyer, renomado diretor e roteirista, deixou um legado indelével no cinema ao falecer na sexta-feira, 27 de dezembro, em Los Angeles, aos 83 anos. Sua trajetória foi pontuada por sucessos que celebram a importância da família e do amor, como seen no filme “A Recruta Benjamin” (1980), pelo qual foi indicado ao Oscar. Esse filme é um exemplo perfeito de como Shyer sabia retratar a complexidade das relações humanas de forma sensível e cativante.
Como um diretor e roteirista de talento, Charles Shyer soube capturar a essência da vida familiar e do romance em suas obras, criando um impacto duradouro no público. Seu falecimento deixa um vazio, mas seu legado continua a inspirar novas gerações de cineastas e a aquecer os corações dos fãs. Seu trabalho é um testemunho do poder do cinema em tocar nossas vidas. Através de sua filmografia, Shyer nos lembra da importância de valorizar o amor, a família e as conexões humanas, temas que permanecem relevantes em nosso mundo contemporâneo.
Charles Shyer, o cineasta por trás de sucessos como ‘A Recruta Benjamin’ e ‘O Pai da Noiva’
Charles Shyer nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 1940, e cresceu cercado pelo mundo do cinema. Seu pai, Melville Shyer, foi um dos fundadores do Sindicato dos Diretores da América (DGA) e colaborou com o lendário diretor D.W. Griffith. Shyer formou-se pela Universidade da Califórnia (UCLA) e iniciou sua carreira na televisão, escrevendo para séries populares como ‘The Odd Couple’, ‘Happy Days’ e ‘A Família Dó-Ré-Mi’ (The Partridge Family).
Seu primeiro grande sucesso no cinema veio como co-roteirista da comédia de ação ‘Agarre-Me se Puderes’ (1977), um filme de grande bilheteria estrelado por Burt Reynolds e Sally Field, que gerou duas sequências. Ele também co-escreveu o western cômico ‘Com a Corda no Pescoço’ (1978), dirigido e estrelado por Jack Nicholson, antes de alcançar a consagração com ‘A Recruta Benjamin’.
Parceria criativa com Nancy Meyers e grandes sucessos
Em 1980, Shyer co-escreveu ‘A Recruta Benjamin’ ao lado de Nancy Meyers, que também se tornou sua esposa no mesmo ano. O filme, estrelado por Goldie Hawn, foi um grande sucesso e rendeu aos dois uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. A colaboração entre Shyer e Meyers resultou em alguns dos maiores sucessos das comédias leves dos anos 1980 e 1990, incluindo ‘Trapalhadas na Casa Branca’, novamente estrelada por Goldie Hawn, e ‘Presente de Grego’ (1987), com Diane Keaton.
Com este filme, ele também passou a trabalhar como diretor. Foi dividindo-se como diretor e co-roteirista com Meyers que ele realizou um de seus maiores sucessos, ‘O Pai da Noiva’ (1991) e sua sequência de 1995, ambos protagonizados por Steve Martin e Diane Keaton. O casal trabalhou junto até o divórcio em 1999, encerrando a parceria com o remake de ‘Operação Cupido’ (1998), estrelado por Lindsay Lohan em um de seus papéis mais marcantes.
Shyer afirmou em entrevista ao Variety que ‘Operação Cupido’ representava ‘a fantasia de muitos filhos de pais separados de vê-los juntos novamente’, o que estava acontecendo em sua vida real durante as filmagens.
Últimos filmes e legado
Após o fim da colaboração com Meyers, Shyer dirigiu o remake de ‘Alfie – O Sedutor’ (2004) com Jude Law, uma refilmagem do clássico de 1966 que se mostrou um raro fracasso em sua carreira. O impacto foi tanto que ele só voltou a dirigir em 2022, assinando o filme natalino da Netflix ‘O Diário de Noel’ (2022). Depois disso, ele ainda co-escreveu ‘O Melhor. Natal. de Todos!’ (2023), novamente para a Netflix, antes de encerrar a carreira.
Charles Shyer deixa quatro filhos, incluindo Hallie Meyers-Shyer (‘De Volta para Casa’), que seguiu os passos dos pais na direção.
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo