Três ex-agentes da PRF são acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado. O advogado de defesa, Glover Teixeira, diz que a ação policial foi forte, mas necessária, para evitar maior dano.
Em uma emocionante sessão de 15 minutos, Maria Vicente de Jesus, mãe de Genivaldo de Jesus Santos, depôs no segundo dia do julgamento do caso, realizado no Fórum de Estância, em Sergipe, sem a presença dos réus. Genivaldo, vítima de uma ação policial trágica, foi asfixiado em Umbaúba, a 101 km de Aracaju, em 2022.
Ao compartilhar sua dor, a mãe de Genivaldo de Jesus Santos não conteve as lágrimas, demonstrando a profunda dor de ter perdido seu filho de forma tão brutal. “A morte de Genivaldo foi um golpe devastador para nossa família”, disse ela, com a voz trêmula. “A justiça precisa ser feita para que outras mães não passem pelo que estou passando”. O caso de Genivaldo de Jesus Santos é um lembrete doloroso da violência policial e da importância de buscar justiça para as vítimas e seus entes queridos.
Genivaldo: A Dor da Perda e a Busca por Justiça
Os ex-agentes da PRF Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas, e William de Barros Noia são acusados de crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. O advogado Glover Castro, responsável por William, afirma que não houve intenção de cometer homicídio. Já os advogados de Paulo Rodolpho e Kléber Freitas reiteram a inocência de seus clientes.
A mãe de Genivaldo, Maria Vicente, relatou sobre a convivência com seu filho e como lida com sua ausência. Ela expressou a dor de perder o filho e a falta de apoio da família. Segundo ela, a família não recebeu nenhum apoio desde a morte de Genivaldo. Apenas duas cestas básicas foram enviadas pela prefeitura logo após a morte dele.
Genivaldo tinha 38 anos, era diagnosticado com esquizofrenia e pai de um menino de 7 anos. Ele foi morto em 25 de maio de 2022 quando policiais soltaram spray de pimenta e uma bomba de gás lacrimogêneo dentro do porta-malas da viatura em que ele foi colocado após uma abordagem. As investigações apontaram que Genivaldo ficou 11 minutos dentro da viatura sem receber ajuda.
O julgamento está em andamento e a expectativa é de que nove testemunhas sejam ouvidas. O sobrinho de Genivaldo, Walison de Jesus Santos, já prestou depoimento e relatou a abordagem dele por ex-agentes da PRF.
A mãe de Genivaldo reivindica justiça e afirma que a ausência do filho é muito dolorosa. Ela diz que conta com ajuda de amigos para se deslocar até Estância e que qualquer ajuda é bem-vinda.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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