Cerca de 200 militantes estão mobilizados em iniciativa para avançar na negociação de distribuição de terras com os proprietários das fazendas.
A ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganhou destaque na manhã desta quarta-feira, 17, ao ocupar a sede do Instituto Nacional de Colonização e da Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande (MS). O movimento enfatiza a urgência da Reforma Agrária para garantir a distribuição justa de terras no país, tornando essa demanda um ponto central de suas reivindicações. A presença de aproximadamente 200 militantes reforça a determinação do MST em promover mudanças significativas no cenário agrário nacional.
A Reforma no campo é crucial para promover a redistribuição de terras e viabilizar a criação de novos assentamentos rurais. A ação do MST no Incra evidencia a pressão contínua por políticas efetivas de Reforma Agrária, visando garantir o acesso à terra para trabalhadores rurais e promover a justiça social no ambiente rural. A luta pela Reforma Agrária é uma pauta essencial que demanda atenção e ação por parte das autoridades responsáveis.
Reforma Agrária: Mobilização e Reivindicações do MST
No comunicado divulgado, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) destacou que a mobilização em curso visa pressionar pela distribuição de terras para Reforma Agrária em áreas que já estão em negociação, ocupadas ou com irregularidades dos proprietários em relação à União. A Reforma Agrária no campo é um tema central para o movimento, que busca a redistribuição de terras e a criação de assentamentos rurais.
O Avanço da Negociação e as Reivindicações do MST
Laura Santos, integrante da direção estadual do MST em Mato Grosso do Sul, ressaltou que as ocupações têm como propósito avançar nas negociações com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), tanto no estado quanto em nível nacional, em direção à Reforma Agrária. O MST reivindica áreas em diversos municípios sul-mato-grossenses, como Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Corguinho, Itaquiraí, Japorã, Bataiporã e Dourados, para destinação a assentamentos voltados à Reforma Agrária.
Proprietários, Mobilização e Histórico do Abril Vermelho
O movimento também denuncia os proprietários das fazendas por práticas de trabalho escravo. A ação do MST faz parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, conhecida como Abril Vermelho, que ocorre em repúdio ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao movimento foram mortos pela Polícia Militar.
As invasões conduzidas pelo MST já atingiram 28 áreas em 11 estados do país. As ações são parte de um movimento de reivindicação de terras consideradas improdutivas para converter em assentamentos visando à Reforma Agrária. Nesse contexto, o MST informou que há atualmente cerca de 40 ações em andamento, abrangendo 16 estados e o Distrito Federal, envolvendo invasões, acampamentos, assembleias e mobilizações.
Iniciativas do Governo e Posicionamento do MST
Diante das recentes invasões e da pressão do ‘Abril Vermelho’, o governo federal lançou o Programa Terra para Gente, com o objetivo de acelerar o processo de assentamento de famílias no país. O programa visa incluir 295 mil famílias no Programa Nacional de Reforma Agrária até 2026, sendo 74 mil assentadas e 221 mil com lotes regularizados.
O MST, em nota, considerou as iniciativas governamentais voltadas à Reforma Agrária como insuficientes, destacando a existência de cerca de 70 mil famílias vivendo em acampamentos. A luta pela Reforma Agrária segue como uma pauta central para o MST, que busca promover a justiça social e a igualdade de acesso à terra no Brasil.
Fonte: @ Exame
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