Fotógrafa internada em surto por lorazepam, lidando com sintomas de ansiedade e zumbido. Tratamento impactante ainda persiste.
Depois de fazer uso inadequado de lorazepam, uma fotógrafa inglesa enfrentou descontrole no sistema motor e irritabilidade intensa, juntamente com fortes enxaquecas e dor nos olhos. Emma Saunders decidiu tomar o medicamento devido a um incômodo zumbido no ouvido, sintoma que a afetou durante a pandemia. Infelizmente, ela não foi devidamente alertada sobre os perigos de dependência associados ao lorazepam.
É fundamental ter conhecimento dos efeitos colaterais de qualquer tranquilizante ou medicamento antes de começar seu uso. Neste caso, a falta de informação sobre lorazepam resultou em consequências negativas para Emma Saunders. É importante que as pessoas estejam bem informadas sobre os medicamentos que tomam, para evitar complicações desnecessárias.
O uso prolongado de lorazepam e seus impactos
O lorazepam é um tranquilizante que alivia sintomas de ansiedade, mas seu uso prolongado pode trazer consequências negativas, como dependência e síndromes psicóticas. Os fabricantes recomendam um tratamento em, no máximo, 4 semanas, porém, o relato de Emma mostra que essa recomendação nem sempre é seguida.
Emma, em novembro de 2020, recebeu a prescrição do lorazepam para lidar com o zumbido que os médicos atribuíram ao estresse. A princípio, a ideia era utilizar o medicamento temporariamente, até que a pandemia passasse e sua vida voltasse ao normal. No entanto, Emma acabou fazendo uso do lorazepam por seis meses, bem além do período recomendado.
A combinação perigosa de lorazepam e citalopram
Após dois meses do início do tratamento com lorazepam, Emma passou a tomar também citalopram, conforme orientação médica. No entanto, essa combinação teve um impacto significativo em sua saúde mental. Logo no primeiro dia, Emma experimentou um surto psicótico, com sentimentos de desespero, choro, tremores, movimentos repetitivos e ideações suicidas.
Frente a esses graves sintomas, Emma decidiu interromper o citalopram, mas o processo não foi simples. As reações nervosas se intensificaram, e ela passou por um período desafiador devido à dependência do lorazepam. Suas experiências incluíram visão embaçada, sensação de despersonalização e dificuldades no controle emocional.
O processo de desmame do lorazepam e a recuperação de Emma
Após um período de internação e resistência em tomar novos medicamentos, Emma começou um processo de desmame do lorazepam, sob acompanhamento psiquiátrico. Esse processo envolveu a substituição gradual por antidepressivos, com redução lenta das doses.
A jornada de recuperação de Emma não foi fácil, tendo que lidar com episódios de zumbido persistente, que a levaram a investigar mais a fundo suas questões auditivas. Um especialista identificou um problema na tuba auditiva, possivelmente relacionado a uma infecção por Covid, reforçando a importância de um acompanhamento médico adequado em situações de saúde mental e auditiva.
Ao reconhecer os desafios enfrentados devido ao uso prolongado do lorazepam e à sua retirada, Emma destaca a importância de buscar ajuda profissional e seguir um plano de desmame cuidadoso para superar os impactos negativos desse medicamento. É essencial entender os potenciais efeitos adversos dos tranquilizantes e buscar alternativas seguras para o tratamento de condições de saúde mental sem causar dependência ou complicações psicóticas.
Fonte: @ Metropoles
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