Prazo de 12 meses para saída do território. Autoridade Internacional de Justiça na Palestina, Faixa de Gaza, Assembleia Geral e direitos.
A Assembleia Geral das Nações Unidas está prestes a aprovar uma resolução proposta pelos palestinos, que exige que Israel ponha fim à sua ocupação ilegal no Território Palestino Ocupado em um prazo de 12 meses. Essa medida pode ter um impacto significativo nas relações internacionais de Israel.
A votação está agendada para ocorrer apenas alguns dias antes da reunião anual da ONU, que reunirá líderes mundiais em Nova York. A resolução, que foi elaborada pelos palestinos, é vista como uma tentativa de pressionar Israel a mudar sua política em relação à Palestina. A ONU tem sido um palco importante para as negociações entre as partes envolvidas no conflito, e a aprovação dessa resolução pode ser um passo importante para a busca por uma solução pacífica. A comunidade internacional está atenta ao resultado da votação.
Israel e a Questão Palestina na Assembleia Geral da ONU
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está programado para discursar na Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, em 26 de setembro, no mesmo dia em que o presidente palestino Mahmoud Abbas também fará um discurso. Nesse contexto, um projeto de resolução foi apresentado com o objetivo de acolher um parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça, emitido em julho, que considera a ocupação de territórios e assentamentos palestinos por Israel como ilegal e exige sua retirada.
O parecer consultivo, emitido pelo mais alto tribunal das Nações Unidas, também conhecido como Corte Mundial, enfatiza que essa retirada deveria ser feita ‘o mais rápido possível’, embora o projeto de resolução da Assembleia Geral permita um prazo de 12 meses. Esse projeto de resolução é o primeiro a ser formalmente apresentado pela Autoridade Palestina desde que obteve direitos e privilégios adicionais neste mês, incluindo um assento entre os membros da ONU no salão da assembleia e o direito de propor projetos de resolução.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu aos países que votem não nesta quarta-feira, argumentando que Washington, um aliado de Israel, há muito tempo se opõe a medidas unilaterais que minam a perspectiva de uma solução de dois estados. O parecer consultivo da CIJ não é vinculativo, mas tem peso sob a lei internacional e pode enfraquecer o apoio a Israel. Uma resolução da Assembleia Geral também não é vinculativa, mas tem peso político. Não há poder de veto na assembleia.
A Posição de Israel e a Reação Palestina
‘Cada país tem um voto, e o mundo está nos observando’, disse o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, à Assembleia Geral nesta terça-feira (17). ‘Por favor, fiquem do lado certo da história. Com a lei internacional. Com a liberdade. Com a paz’. Já o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, criticou a Assembleia Geral por não condenar o ataque de 7 de outubro a Israel por militantes palestinos do Hamas, que desencadeou o ataque de Israel à Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas.
Ele rejeitou o esboço do texto palestino, dizendo: ‘Vamos chamar isso pelo que é: essa resolução é terrorismo diplomático, usando as ferramentas da diplomacia não para construir pontes, mas para destruí-las’. A questão da ocupação e dos assentamentos é um dos principais pontos de conflito entre Israel e a Palestina, e a resolução da Assembleia Geral pode ter implicações significativas para a situação no Oriente Médio.
Fonte: @ Agencia Brasil
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