Parte da Área Alta do Parque Nacional Chico Mendes sofreu perdas ambientais difíceis estimadas em 300 hectares.
A visitação pública à Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia (PNI) foi liberada novamente na segunda-feira (24), após o controle completo dos focos do incêndio que afetou 300 hectares da região de conservação.
É fundamental que todos estejam cientes dos riscos de queimadas e fogo em áreas naturais, para preservarmos a beleza e a biodiversidade do Parque Nacional do Itatiaia. A prevenção de queimadas é responsabilidade de todos, para garantir a segurança do meio ambiente e da comunidade local.
Incêndio no Parque Nacional do Itatiaia preocupa gestores
Determinada desde 15 de junho, dia seguinte ao início do incêndio, a suspensão foi uma medida adotada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do local, e pela direção da Parquetur, concessionária encarregada do uso público do parque. A Parquetur e o ICMBio reforçam o compromisso com a segurança das pessoas, fauna e flora do Parque Nacional do Itatiaia, conforme comunicado oficial.
Para o gestor do PNI, Felipe Mendonça, a fase atual é de monitoramento e cuidado, especialmente devido ao clima seco característico deste período do ano. ‘A atenção precisa ser redobrada diariamente’, alertou. A área afetada pelo incêndio foi estimada em 300 hectares, com perdas ambientais difíceis de mensurar, de acordo com o gestor.
Mendonça destacou que a região onde o fogo ocorreu era propícia para a rápida propagação, devido à vegetação seca e aos ventos intensos. Além disso, a área era de difícil acesso, com terrenos íngremes e altitudes de até 2,5 mil metros. A preocupação era evitar que o fogo se alastrasse para a outra margem da estrada que corta o parque, pois isso resultaria em danos significativamente maiores.
Incêndios anteriores e ações de combate
Antes do incêndio de 14 de junho, o Parque Nacional do Itatiaia já havia enfrentado outros episódios semelhantes. O maior incêndio da história ocorreu em 1963, durando 35 dias e consumindo 4 mil hectares. Em 1988, outro incêndio destruiu 3,1 mil hectares, resultando no desaparecimento de um servidor. Em 2001, um incêndio causado por turistas perdidos que fizeram uma fogueira acabou com mais de 1 mil hectares. A mesma área foi atingida por incêndios em 2007 e três anos depois, com 1,2 mil hectares afetados.
Felipe Mendonça ressaltou que, em comparação com incêndios anteriores, a queimada recente foi menor devido à ação integrada no combate e aos equipamentos modernos utilizados no Parque. ‘Se compararmos com outros incêndios na Parte Alta do parque, foi relativamente pequeno. Tivemos incêndios de mil hectares. O tempo de resposta, as câmeras de monitoramento e o apoio de voluntários, brigadistas e parceiros locais contribuíram para uma resposta rápida e controle eficaz da área afetada pelo incêndio’, afirmou.
Investigação sobre o incêndio
Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) recebeu 20 representações sobre o incêndio, resultando na autuação da Notícia de Fato 1.30.008.000051/2024-52, distribuída para a procuradora da República, Izabella Brant. O prazo de tramitação é de 30 dias, durante os quais o MPF reunirá elementos iniciais para embasar a instauração de investigações na esfera competente.
Fonte: @ Agencia Brasil
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