Presidente do clube afirma relação fria, sem poder comentar decisões de futebol devido a cláusulas de confidencialidade. Velocidade no planejamento é essencial.
O Vasco é uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro, com uma legião de torcedores apaixonados pelo clube.
A relação entre o Vasco e a SAF é de extrema importância para o desenvolvimento do clube associativo, visando sempre melhorias em sua estrutura e desempenho esportivo. A parceria entre as duas entidades promete trazer frutos positivos para o futuro do Vasco.
A relação entre Pedrinho e a SAF do Vasco
Nesta quarta, em entrevista em São Januário, o dirigente disse estranhar o distanciamento com a SAF e afirmou que gostaria de ter mais participação nas decisões, mas afirmou, diversas vezes, que não pode falar sobre determinados assuntos, especialmente o futebol. – Por que? Não sei também (risos). Também me causa estranheza.
Gestão esportiva e comunicação
Quando eu era um comunicador, fui procurado pela SAF para exercer um cargo importante, remunerado, na parte esportiva. Quando me lancei candidato e eleito, além de sócio, o raciocínio óbvio é que a gente tivesse um relacionamento próximo em relação à parte esportiva. Eu não posso ter esquecido em três meses algum conteúdo direcionado ao futebol.
Responsabilidades e velocidade no planejamento
– Eu não posso, por mais que eu seja sócio minoritário, obrigar alguém a nada. Não estou incomodado que não estou participando do futebol, estou incomodado que poderia estar ajudando. Se eu tenho um sócio, que quis contratar lá atrás, e esportivamente não estou desempenhando, seria natural que eu tivesse uma conversa em relação a isso. Conversa não é mensagem faltando 15 minutos para comunicar.
Faz parte de um planejamento. Isso não aconteceu. Respeito, mas não concordo. Não fiz parte de contratações, dispensas e tudo. Não estou fugindo de responsabilidades, se eu saí de onde saí, sabia das responsabilidades. Infelizmente, não participo dos processos. Mas gostaria de ser cobrado pelo o que eu participo.
Pedrinho comentou que não tem vaidade em ajudar o Vasco, mas cobrou que a SAF deveria ter mais velocidade no planejamento da parte esportiva, planejando um clube a curto a médio prazo. – Estou sempre disposto a ajudar o Vasco. Não existe vaidade, nunca tive intenção de ter uma última palavra. Zero vaidade. Esportivamente, acho que poderia colaborar. É uma opção deles.
Confidencialidade
O presidente do Vasco disse que não pode comentar algumas decisões da SAF, expor cláusulas do contrato e falar sobre o dia a dia do clube porque há cláusulas de confidencialidade. No entanto, admitiu que há uma relação fria entre as partes. – Não posso falar. Posso falar sobre a relação. Existe uma relação fria. Muito mais de registros, do que de interação.
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Há proibições? Angústia?
A relação com a SAF seguiu pautando a entrevista. Pedrinho negou que esteja proibido de ir ao CT ou ter contato com o futebol do Vasco, mas ressaltou que nunca foi convidado pela empresa e não se sente à vontade para se aproximar do futebol. – Mais angustiado que eu, ninguém está. Não há proibições (de ir ao CT, por exemplo). A questão do clube associativo, é que nossa receita é muito limitada. Nosso potencial é só do sócio-estatutário.
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A SAF não pode ter um lado
O presidente do Vasco, acionista de 30% do futebol da SAF, disse que a ‘Vasco SAF’ não pode ter um lado, na balança Vasco x 777 Partners. Ao ser perguntado se ele venderia o futebol do clube no passado, Pedrinho afirmou que havia duas saídas para a reestruturação da instituição. – Por não estar na gestão passada, eu não posso falar que venderia ou não. Quando você vende, e não sou contra, você espera resultados financeiros e esportivos, transparência, tudo isso de uma forma mais acelerada.
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Licitação do Maracanã e reforma de São Januário
Pedrinho admitiu que as corridas em prol do Vasco, às vezes, ‘são paralelas’, em relação aos movimentos que a Vasco SAF e o clube associativo fazem. O presidente citou que na disputa para jogar no Maracanã, por exemplo, conversou com Cláudio Castro para ajudar, mas que quem fez o processo com a Ferj foi a empresa. – Temos que entender que apesar de as corridas em prol do Vasco serem paralelas, a intenção é em prol do Vasco. A condução pela licitação do Maracanã foi feita pela SAF. Quem está registrado na Ferj e na CBF, é o Vasco SAF.
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Fonte: © GE – Globo Esportes
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