De acordo com a empresa, alterações na distribuição de dividendos podem impactar o pagamento futuro. Verifique o documento a investidores para mais informações.
A Política de Remuneração aos acionistas da Petrobras, que contempla a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio, pode sofrer modificações conforme decisões do conselho de administração, sendo flexível para se adaptar às necessidades do mercado, como destacado em comunicado oficial pela Petrobras.
Além disso, a empresa está constantemente revisitando suas estratégias de compensação e métodos de retribuição, visando manter um regime de pagamento atrativo e competitivo no setor, com o objetivo de engajar e reter talentos fundamentais para o crescimento sustentável da organização, reforçando seu compromisso com a valorização dos colaboradores.
Impacto da Política de Remuneração da Petrobras
De acordo com a empresa, possíveis ajustes na política de remuneração podem influenciar aspectos como a frequência dos pagamentos, os métodos de retribuição, os critérios de cálculo, os indicadores financeiros, e os valores mínimos para pagamento, dentre outros elementos. A Petrobras expressou essas considerações em um documento apresentado à SEC, órgão do governo dos Estados Unidos encarregado da regulação do mercado de capitais, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.
A companhia ressaltou que a distribuição de dividendos está sujeita a variáveis como os níveis de investimento e o desempenho do fluxo de caixa operacional. Afirmou também que pagar dividendos acima dos limites estatutários e legais não estabelece um compromisso de distribuição futura nem serve como referência fixa.
A decisão de implementar um novo regime de pagamento pode surgir da necessidade de um plano estratégico que demande maiores investimentos. Nesse contexto, o montante destinado aos dividendos pode ser ajustado. Além disso, fatores externos, como flutuações nos preços e na produção do petróleo, podem influenciar a disponibilidade de recursos para distribuição de dividendos.
A Petrobras alertou que mudanças na composição do conselho de administração e na diretoria da empresa podem desencadear revisões na política de remuneração aos acionistas. Essas alterações poderiam afetar a distribuição de dividendos, levando a cenários de redução ou até mesmo suspensão dos pagamentos no futuro, conforme decisões estratégicas da empresa.
Decisões Estratégicas na Distribuição de Dividendos
A discussão acerca da política de remuneração da Petrobras remonta ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que advogava pela redução da remuneração aos acionistas para potencializar os investimentos da empresa. No último ano, o conselho da Petrobras modificou a fórmula de cálculo dos dividendos, diminuindo a proporção do fluxo de caixa livre destinado a esse fim de 60% para 45%.
O novo regime contemplou a criação de uma reserva de remuneração de capital, destinada a receber dividendos e juros sobre o capital próprio. Em resposta ao lucro de R$ 124,6 bilhões em 2021, a Petrobras propôs a distribuição dos dividendos conforme o estatuto social, com R$ 14,2 bilhões destinados ao quarto trimestre e reserva de R$ 43,9 bilhões para capital.
Diante da proposta de dividendos extraordinários, com metade dos recursos para a reserva de capital e a outra metade aos acionistas, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ficou em minoria no conselho. Sua abstenção na votação dos R$ 14,2 bilhões indicou uma dissidência em relação aos interesses da União, desencadeando debates internos que se prolongaram por semanas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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