Decisão de possível substituição na Petrobras, com reserva de capital e receita extraordinária, aguarda chancela de Lula.
Nesta semana, foi definido que a Petrobras irá distribuir os dividendos extraordinários que estavam pendentes desde março, após deliberação do conselho de administração. A decisão final partiu do Planalto, em uma reunião que contou com a presença dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Rui Costa, da Casa Civil, e agora aguarda apenas a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser concretizada.
Os acionistas da empresa podem aguardar ansiosos pelos proventos extras que serão distribuídos, garantindo um benefício financeiro inesperado. Os pagamentos extraordinários representam uma decisão estratégica importante para a Petrobras, demonstrando seu compromisso com a valorização dos investidores e a transparência em suas ações no mercado financeiro.
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Dividendos extraordinários: impacto na economia
A informação foi reportada pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Os dividendos extraordinários são aqueles pagos aos acionistas quando a empresa tem resultados além do esperado, como uma maneira de oferecer um retorno aos investidores. A Petrobras tem sido uma das empresas que distribui proventos extras desde 2021, tornando-se a segunda maior distribuidora de pagamentos no setor em nível mundial.
Neste caso específico, a distribuição de proventos extras atingiu a marca de R$ 43,9 bilhões. Esse valor foi retido em uma reserva de capital, após uma decisão do governo que provocou uma crise na Petrobras.
De acordo com a colunista, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates – cujo nome está no centro das atenções atualmente em meio a uma possível substituição por Aloízio Mercadante no comando da estatal – já foi notificado. O próximo passo consiste na aprovação durante a reunião do conselho da empresa, agendada para 19 de abril.
Impacto da crise na Petrobras
Caso o pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras seja efetuado, o Ministério da Fazenda estima que receberá R$ 12 bilhões até o final de 2024, uma vez que o governo é o maior acionista da companhia. No entanto, esse recurso não está previsto na contabilidade orçamentária, visto que é uma receita extraordinária. A notícia foi veiculada pela CNN e confirmada pelo Valor.
Fontes do ministério avaliam que esse recurso torna-se ainda mais crucial para os cofres da União neste ano, especialmente diante das recentes derrotas do governo no Congresso Nacional, com a redução de projetos que visavam aumentar as receitas para atingir o déficit zero.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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