Rumores sobre Aloizio Mercadante e indefinição na presidência causam reação nos papéis da empresa.
Hoje, mais uma vez, o mercado financeiro acompanha atentamente os movimentos das Petrobras. A empresa vem sendo alvo de especulações e incertezas que têm impactado diretamente o valor de seus papéis. Os investidores estão à espera de definições sobre a indicação de novos gestores e sobre os dividendos extraordinários, o que tem gerado um clima de instabilidade no cenário econômico.
As oscilações nas cotações das ações da Petrobras refletem a insegurança dos investidores em relação ao futuro da estatal. A empresa precisa lidar com desafios internos e externos, o que tem impactado diretamente o comportamento dos papéis no mercado financeiro. Neste contexto de incerteza, é fundamental acompanhar de perto as movimentações da companhia.
Rumores sobre o destino de Jean Paul Prates na Petrobras
Cada notícia nova sobre os temas leva à reação imediata e exagerada dos papéis. Depois de abrirem em queda e perderem 2,5% nas mínimas do dia, perto das 12h10, as ações ordinárias (PETR3, com direito a voto em assembleias) recuavam 0,41%, a R$ 38,96, enquanto as preferenciais (PETR4, com preferência para receber dividendos) subiam 0,45%, a R$ 38,05.
Reunião definitiva entre Jean Paul Prates e Luiz Inácio Lula da Silva
Na próxima segunda-feira (8), Jean Paul Prates, atual presidente da estatal, deve ter uma ‘reunião definitiva’ com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para definir seu destino na companhia.
Conforme informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal ‘O Globo’, a notícia sobre o encontro que correu ontem na mídia desagradou o petista, por ter parecido que Prates estaria ‘emparedando’ Lula. Enquanto isso, o nome de Mercadante surge como potencial (e provável) substituto de Prates à frente da Petrobras.
Crise econômica e os desafios da Petrobras
Agentes de mercado, no entanto, não são os maiores fãs do atual presidente do BNDES, a quem atribuem parte da responsabilidade pela crise econômica durante o segundo governo Dilma. Já Prates vem sendo atacado publicamente e nos bastidores por ministros do governo, que estariam insatisfeitos com sua condução na Petrobras.
Pagamento dos dividendos extraordinários da Petrobras
Mas o conflito entre Prates e ministros de Lula, especialmente Alexandre Silveira, de Minas e Energia, ganhou novos contornos com a discussão sobre o pagamento de dividendos extraordinários.
Este, aliás, é o segundo tema que não sai da cabeça de investidores: o governo vai liberar o pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas ou não? Na noite de ontem, correram notícias de que os ministros de Lula teriam chegado a um acordo para liberação dos quase R$ 44 bilhões retidos.
Aloizio Mercadante e a possível indicação para a Petrobras
Nada está confirmado, no entanto, e com investidores ‘na ponta da cadeira’ acompanhando a evolução dos grandes temas sobre Petrobras, uma das companhias de maior peso na carteira do Ibovespa, qualquer pingo pode virar tempestade.
Após o fechamento do pregão da quinta-feira, a Petrobras desmentiu as informações que vinham correndo.
Em fato relevante, a estatal reiterou que não há qualquer decisão quanto à distribuição de dividendos extraordinários e acrescentou que a competência para aprovar a destinação do resultado, incluindo o pagamento de dividendos, é da Assembleia Geral de Acionistas, que será realizada no dia 25 de abril.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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