Anderson de Oliveira Freitas foi absolvido pelo júri popular do Tribunal do Júri nesta terça-feira (17) do homicídio.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Policial Militar acusado de ter matado a tiros o funkeiro MC Primo foi absolvido por um júri popular no Tribunal do Júri de São Vicente, no litoral de São Paulo. Anderson de Oliveira Freitas foi absolvido nesta terça-feira (17). O policial era acusado do homicídio, que ocorreu em 2012. Maioria do júri entendeu não haver provas suficientes para a condenação.
Após um longo julgamento, o policial militar foi finalmente inocentado das acusações de homicídio. A decisão do júri popular no Tribunal do Júri de São Vicente surpreendeu muitos, mas a falta de provas contundentes levou à conclusão de que Anderson de Oliveira Freitas deveria ser absolvido. A justiça prevaleceu no caso do funkeiro MC Primo, trazendo alívio para o réu e sua família.
Julgamento e Absolvição de Anderson
Após o desfecho do caso, o juiz Alexandre Torres de Aguiar decidiu pela libertação de Anderson, que estava detido desde 2022. O UOL está em busca de declarações da defesa de MC Primo sobre a absolvição. Até o momento, não houve resposta, mas o canal permanece receptivo a eventuais manifestações.
O músico Jadielson da Silva Almeida, conhecido como MC Primo, foi vítima de um homicídio, atingido por 11 tiros em São Vicente, no litoral paulista, por volta das 18h do dia 19 de abril de 2012. O crime foi cometido por um indivíduo que estava a bordo de um Fiat Uno branco. MC Primo, dirigindo seu VW Polo, foi surpreendido pelo veículo ao lado, de onde partiram os disparos fatais.
Após o trágico evento, os agressores fugiram rapidamente do local, sem levar nada, na rua Amadeu de Queiroz, no bairro Jockei Club. Após uma década, uma investigação revelou que a arma utilizada no homicídio estava em posse da Polícia Militar. O cabo Anderson de Oliveira Freitas foi identificado como o portador da arma no momento do crime, conforme reportagem exclusiva do UOL.
Uma testemunha reconheceu, por meio de fotografias, o policial Freitas como o autor dos disparos. Segundo o relato dessa testemunha, horas antes do assassinato, o PM havia cumprimentado pessoalmente o músico. O policial negou veementemente as acusações perante a Corregedoria da corporação.
Em 2022, o Ministério Público apresentou denúncia contra o militar, solicitando sua prisão preventiva. Os promotores alegaram que ‘Anderson cometeu o crime com uma arma da própria instituição, devido à sua condição de policial e ao histórico de comportamento perigoso e violento’. Ele foi detido no mesmo ano.
O juiz Alexandre Torres de Aguiar justificou a prisão do PM com base em seu histórico passado e para garantir a normalidade do processo, sem interferências que pudessem influenciar testemunhas ou a produção de provas durante a instrução do caso. Após um longo período de investigações e julgamento, Anderson foi absolvido das acusações, encerrando assim um capítulo marcante nessa trágica história.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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