Arremesso é mais uma violência da polícia militar paulista em pancadões, que coincide com 5 anos do Massacre de Paraisópolis.
Ações violentas realizadas por policiais militares em bailes funk da periferia, notadamente na madrugada, vêm se repetindo por duas décadas em diversas regiões do estado de São Paulo, incluindo a capital, a Baixada Santista e o interior. Esses eventos, muitas vezes marcados por confrontos entre a polícia militar e os frequentadores desses bailes, têm gerado inúmeros relatos de abuso de poder e violência policial.
Um relatório sobre a violência policial em eventos conhecidos como “pancadões” foi lançado em uma data emblemática, coincidindo com o incidente em que um homem foi arremessado de uma ponte em Cidade Ademar, uma quebrada localizada na zona sul de São Paulo. Esse relatório destaca a necessidade de uma abordagem mais eficaz e respeitosa por parte da polícia militar, os PMs, e dos policiais militares em geral, para lidar com esses eventos sem recorrer à violência excessiva. A segurança pública deve ser garantida com respeito aos direitos humanos. Uma polícia mais preparada e ciente de suas responsabilidades é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa.
Os Paralelos entre o Caso do Policial Militar e o Massacre de Paraisópolis
A cena em que um policial militar jogou um homem de cima da ponte da rua Padre Antônio de Gouveia, na Vila Clara, região de Cidade Ademar, periferia da zona sul de São Paulo, não foi um ato isolado. Ela faz parte de um contexto mais amplo de violência policial, especialmente em eventos como bailes funk, que tem registrado tragédias como o Massacre de Paraisópolis.
A morte de nove jovens no baile da DZ7, na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, completou cinco anos no dia do Baile do Final, em 01 de dezembro, data que coincide com o arremesso do homem no córrego do Cordeiro. Esse evento é mais um exemplo de como a dispersão de pessoas em pancadões é frequentemente feita com violência pela Polícia Militar (PM).
O relatório ‘Pancadão, uma História de Repressão aos Bailes Funk de Rua na Capital Paulista’, lançado em 2 de dezembro, descreve duas décadas de crescente repressão aos bailes funk pela PM, culminando com o Massacre de Paraisópolis. O documento foi produzido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e pelo Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e destaca o crescimento exponencial das operações da PM em bailes funk. Em 2019, foram realizadas 141 operações, um aumento significativo em relação aos anos anteriores.
Outra coincidência entre o Massacre de Paraisópolis e o arremesso do homem da ponte em Cidade Ademar é a quantidade de policiais envolvidos. Treze PMs do 16º Batalhão foram acusados no processo do baile da DZ7, e doze viraram réus. Já em Cidade Ademar, 13 PMs do 24º Batalhão de Diadema foram afastados das ruas após a ação.
Essas coincidências geográficas e de procedimento policial destacam a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a atuação da PM em regiões periféricas e a sua relação com a violência. A dispersão de pessoas em eventos como bailes funk deve ser feita de forma pacífica e respeitosa, sem o uso de violência excessiva. Além disso, é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir a repressão e a criminalização dos pancadões, garantindo o direito à liberdade de expressão e ao lazer dos jovens que frequentam esses eventos.
A Importância do Relatório sobre Violência Policial
O relatório ‘Pancadão, uma História de Repressão aos Bailes Funk de Rua na Capital Paulista’ é um documento importante que destaca a necessidade de uma mudança na forma como a PM atua em relação aos bailes funk. O documento descreve a crescente repressão aos bailes funk pela PM, culminando com o Massacre de Paraisópolis, e destaca a importância de uma abordagem mais pacífica e respeitosa.
O relatório também destaca a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a atuação da PM em regiões periféricas e a sua relação com a violência. Além disso, é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir a repressão e a criminalização dos pancadões, garantindo o direito à liberdade de expressão e ao lazer dos jovens que frequentam esses eventos.
A publicação do relatório é um passo importante para a conscientização sobre a violência policial e a necessidade de mudanças na forma como a PM atua em relação aos bailes funk. É fundamental que sejam tomadas medidas concretas para prevenir a repressão e a criminalização dos pancadões, garantindo o direito à liberdade de expressão e ao lazer dos jovens que frequentam esses eventos.
O Papel da Sociedade Civil na Prevenção da Violência Policial
A sociedade civil tem um papel fundamental na prevenção da violência policial e na promoção de uma abordagem mais pacífica e respeitosa por parte da PM. É fundamental que sejam tomadas medidas para conscientizar a população sobre a importância de uma abordagem mais pacífica e respeitosa por parte da PM, e para promover a responsabilidade e a transparência na atuação da PM.
Além disso, é fundamental que sejam criadas oportunidades para que os jovens possam se expressar e se divertir de forma segura e respeitosa. Isso pode ser feito através da criação de espaços públicos seguros e acessíveis, onde os jovens possam se reunir e se divertir sem medo de violência ou repressão.
A sociedade civil também pode desempenhar um papel fundamental na promoção da justiça e da responsabilidade em casos de violência policial. Isso pode ser feito através da criação de mecanismos de denúncia e de responsabilização, que permitam que as vítimas de violência policial possam denunciar os abusos e buscar justiça.
Em resumo, a sociedade civil tem um papel fundamental na prevenção da violência policial e na promoção de uma abordagem mais pacífica e respeitosa por parte da PM. É fundamental que sejam tomadas medidas para conscientizar a população sobre a importância de uma abordagem mais pacífica e respeitosa por parte da PM, e para promover a responsabilidade e a transparência na atuação da PM.
Fonte: @ Terra
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