Inquérito aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral investiga crime organizado e violência política sob influência política, conduzido pelo delegado Renato Pereira de Oliveira.
A Polícia Federal (PF) está investigando o presidente do PRTB, Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, por suspeitas de ameaça e violência política contra a ex-vice-presidente do partido Rachel de Carvalho. A PF está determinada a esclarecer os fatos e garantir a segurança de todos os envolvidos. O inquérito foi aberto recentemente e comunicado à Justiça Eleitoral.
A investigação, que será conduzida pelo delegado Renato Pereira de Oliveira, visa apurar as denúncias de ameaça e violência política feitas contra Rachel de Carvalho. A Polícia Federal está comprometida em combater a violência política e garantir a integridade do processo eleitoral. A PF trabalhará incansavelmente para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, se necessário. A Polícia Federal está atenta às denúncias e está preparada para agir rapidamente em caso de necessidade.
Denúncia contra Avalanche
A denunciante havia apresentado uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de remover Avalanche do comando nacional da legenda, alegando ter sido alvo de ameaças e violência. No entanto, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, rejeitou o pedido liminarmente no início de agosto deste ano. Até a publicação deste texto, Avalanche não havia se manifestado, assim como Rachel, que também não havia respondido aos contatos.
Influência e ameaças
A ação proposta junto ao TSE relata que o presidente do partido (Avalanche) teria ameaçado sua vice, uma mulher, e a fez renunciar ao cargo. Além disso, afirma que Avalanche teria influência e negociações com figuras importantes do Judiciário e ligação com o crime organizado (PCC), o que poderia colocar em risco a vida da denunciante ou de sua família. A denúncia também cita um suposto diálogo em que Avalanche teria ameaçado a ex-integrante da sigla, dizendo que ‘você ainda não me conhece, não seja um obstáculo no meu caminho, eu sou um cara calmo, não saio do controle, você pode esbravejar, pode me xingar, jamais vou discutir com você, mas quando você receber uma ligação dizendo ‘pega tua vara e vai pescar’, você já pode despedir de seus familiares porque você vai morrer’.
Investigação da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) está investigando o caso e pode aplicar penas somadas de três anos e seis meses a oito anos de reclusão e multa por violência política (art.359-P) e ameaça (art. 147), ambos tipificados no Código Penal. No início deste mês, o Estadão mostrou que uma advogada de Brasília registrou boletim de ocorrência contra Avalanche por ameaça, afirmando que o político teria dito mandar matar até criança.
Disputa pelo comando do PRTB
Avalanche venceu a eleição para presidente do PRTB em fevereiro, mas desde então, opositores tentam tirá-lo do comando da legenda. Os adversários apresentaram documentos à Polícia Federal (PF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas nenhuma decisão para barrar Avalanche da presidência do partido ocorreu até o momento. O PRTB se tornou uma das siglas mais citadas na disputa eleitoral deste ano, terminando na terceira posição na eleição municipal paulistana.
Indiciamento de Tarcísio Escobar
Avalanche nomeou Tarcísio Escobar de Almeida para presidir o PRTB em São Paulo, mas em 29 de maio, o Estadão revelou que Escobar havia sido indiciado pela Polícia Civil paulista por associação ao tráfico e ao PCC. Em vídeo publicado nas redes sociais, Escobar negou ter cometido crimes e afirmou ajudar pessoas de bairros periféricos da capital. O caso foi explorado no primeiro turno da eleição, principalmente pela então candidata Tabata Amaral, do PSB. Escobar figurou como presidente em São Paulo por três dias, antes de ser substituído pelo advogado Joaquim Pereira de Paulo Neto, que rompeu com Avalanche em junho.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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