Pesquisa: Quase metade dos adultos sente que ‘dating’ está mais difícil. Relacionamentos correspondidos exigem empatia, consideração e demonstração de interesse.
Para Hazal Sirin, uma mulher de 34 anos de Istambul, na Turquia, marcar ‘dates’ amorosos é como usar aplicativos de namoro. ‘Você começa com grandes expectativas e entusiasmo, e depois vem a decepção’, diz ela. ‘É a mesma história para todos.’ Hazal diz que está solteira há quatro anos e desde então procura ativamente um parceiro.
Assim como Hazal, muitas pessoas recorrem a aplicativos de namoro para encontrar um par ideal. Esses aplicativos de relacionamento e aplicativos de paquera tornaram-se populares devido à sua conveniência e variedade de opções. Enquanto alguns encontram sucesso rapidamente, para outros a busca pelo amor pode se assemelhar a uma montanha-russa emocional, cheia de altos e baixos.
Desafios nos aplicativos de namoro e relacionamento
Mas, de acordo com ela, seus esforços em construir um relacionamento através de aplicativosdenamoro não foram correspondidos — uma grandeexpectativa, compartilhada por amigos e amigas que enfrentam experiências semelhantes. Hazal menciona que muitas pessoas deixam de demonstrar interesse ou cuidado pelo parceiro ou parceira, mesmo após vários encontros. Ela relata ter vivenciado situações de ‘ghosting’ em diversas ocasiões, o que ela interpreta como uma falta de consideração ou empatia. ‘Ghosting’ é uma prática que envolve encerrar repentinamente toda comunicação, deixando a outra pessoa sem explicações.
Desilusão nas experiências de namoro
Desencantada com suas vivências em aplicativosdenamoro, Hazal expressa sua convicção de que poucas pessoas estão verdadeiramente empenhadas em buscar um relacionamento autêntico. A decepção com ‘dates’ na era moderna é um tema recorrente nas conversas cotidianas, tanto offline quanto online. Uma pesquisa do Pew Research Center de 2019 revelou que quase metade dos americanos adultos sente que o ato de sair em ‘dates’ tornou-se mais desafiador na última década.
Declínio dos aplicativos de paquera
Os aplicativosderelacionamento, que visam facilitar encontros entre pessoas, parecem ter perdido parte de sua atratividade inicial. Por exemplo, os downloads anuais do Tinder diminuíram mais de um terço desde o pico em 2014. O Bumble, outro aplicativo popular, relata que seus usuários estão buscando relacionamentos com menos pressão. Um terço dos usuários nos EUA afirmam estar ‘namorando lentamente’ e indo em menos ‘dates’ para priorizar sua saúde mental no contexto dos relacionamentos.
Cansaço emocional e busca por soluções
Estudos indicam que os jovens estão experimentando uma espécie de fadiga emocional em relação aos aplicativosdenamoro. Mais de 90% da Geração Z expressa frustração com essas plataformas, conforme dados da agência de pesquisa Savanta. Kathryn Lindsay, especialista em tendências da internet e cultura, observa que os aplicativos estão em declínio cultural, mas ainda não surgiu um substituto. Ela destaca que a pandemia agravou esse problema ao limitar as interações sociais e físicas, privando os jovens da Geração Z de oportunidades para desenvolver habilidades interpessoais.
Impacto dos influenciadores nas redes sociais
Com um número crescente de pessoas desapontadas com a experiência em aplicativosdenamoro, as redes sociais estão se tornando um espaço repleto de sugestões e estratégias sobre aplicativosderelacionamento e como lidar com os desafios do namoro moderno.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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