Mesmo com dados fortes de inflação e emprego, presidente do Fed reitera alto grau de incertezas no mercado de trabalho e leituras recentes, sem mudanças no cenário econômico.
A inflação tem sido uma preocupação constante nos mercados, com os investidores atentos às projeções do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell para os próximos anos. A expectativa é de que, se a economia dos Estados Unidos continuar sua trajetória de recuperação, haverá a necessidade de ajustes na política monetária, visando controlar a inflação.
Os analistas estão de olho no índice de preços e no custo de vida, buscando identificar possíveis pressões inflacionárias que possam impactar a economia. Diante desse cenário, as declarações de Powell sobre os cortes de juros em 2024 refletem a preocupação do Fed em manter a estabilidade econômica e controlar a inflação de forma eficiente.
O cenário atual da inflação e do mercado de trabalho
No entanto, há um grau alto de incerteza quanto às expectativas, tanto para o lado da inflação quanto para o lado da atividade econômica. ‘Reduzir muito os juros ou cedo demais poderia resultar em uma reversão do progresso que observamos na inflação e, em última análise, exigir uma política [monetária] ainda mais rígida para que a inflação volte a 2%.
Mas flexibilizar a política muito tarde ou muito pouco poderia enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego’. À medida que o progresso na inflação continua e o aperto no mercado de trabalho diminui, esses riscos continuam a se equilibrar melhor‘, afirmou Powell em discurso divulgado recentemente, durante evento da Escola de Negócios da Universidade de Stanford.
Para Powell, o nível atual dos juros básicos nos Estados Unidos é adequado para que o Fed reaja aos riscos de ambos os lados.
A importância do índice de preços e do custo de vida
Segundo ele, os dados mais fortes de inflação e emprego no começo deste ano ainda não alteraram o cenário geral da economia, que é de ‘crescimento sólido, um mercado de trabalho forte, mas em reequilíbrio, e uma inflação que se aproxima de 2% em um caminho às vezes acidentado’.
‘Na inflação, é muito cedo para dizer se as leituras recentes representam mais do que apenas um aumento temporário’, disse o presidente do Fed. Ele reiterou que o banco central ainda não tem a confiança necessária para cortar os juros, e a força da economia americana dá espaço para que as decisões sejam tomadas de acordo com a evolução dos dados.
Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
Fonte: @ Valor Invest Globo
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