Agentes cumpriram mandados de prisão contra suspeitos na terça-feira. Empresa investigada também foi alvo.
RIO DE JANEIRO, RJ (GLOBO/ESTADÃO) – A Polícia Militar do Rio de Janeiro deteve dois indivíduos por desvio de remédio no valor de R$ 1 milhão que seriam utilizados para o tratamento de um paciente com doença rara, em Niterói (RJ). Agentes cumpriram ordens de prisão contra os suspeitos na tarde de quarta-feira (17).
Em Brasília, DF (G1/UOL), a Polícia Federal apreendeu um carregamento ilegal de medicamentos contrabandeados, avaliados em mais de R$ 3 milhões, que seriam distribuídos em hospitais da região. A operação resultou na detenção de quatro envolvidos no esquema na manhã de quinta-feira (18).
Investigação sobre desvio de remédio em Caçapava (SP)
Além das detenções, os agentes também realizaram buscas e apreensões em endereços relacionados aos investigados em Caçapava (SP), onde residia o dono da empresa, além de Porto Alegre e São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Os suspeitos teriam desviado o montante destinado à aquisição do remédio da menina, conhecida como Yasmin.
Compra de medicamento e desvio de verba no Paraná
O governo do Paraná efetuou o pagamento de R$ 2,4 milhões à empresa sob investigação para a aquisição do remédio, porém somente 10% das doses adquiridas foram efetivamente entregues. O esquema criminoso veio à tona em junho passado. Devido à não entrega do medicamento, o governo estadual teve que adquirir o remédio de outro fornecedor para o tratamento da menina.
Tratamento de Yasmin e desdobramentos do caso
Cinco frascos do remédio foram entregues no início de julho e a criança está em processo de tratamento, porém não há informações recentes sobre seu estado de saúde. Yasmin luta contra um neuroblastoma desde os 5 anos de idade, passando por cirurgias, sessões de quimioterapia e um transplante de medula, mas infelizmente a doença retornou.
Problemas com a entrega do medicamento
Devido ao alto custo do remédio, a família de Yasmin recorreu à Justiça do Paraná para que o governo arcasse com as despesas do medicamento. Mesmo obtendo decisão favorável, a família enfrentou contratempos com os golpistas que desviaram os recursos e não forneceram o produto. A empresa sob investigação não cumpriu com a entrega do produto adquirido pelo estado do Paraná.
Desdobramentos legais e investigativos
De acordo com a polícia, a empresa teria enviado apenas uma das seis ampolas do medicamento Danyelza que foram adquiridas. Os suspeitos estão sendo investigados por estelionato, organização criminosa, emissão de nota fiscal falsa e lavagem de dinheiro. O dono da empresa, preso em Cascavel, passou por audiência de custódia em São Paulo, com a manutenção de sua prisão determinada pela Justiça. O homem deve permanecer sob custódia no sistema prisional paulista ou ser transferido para o Paraná, onde o caso está em andamento.
Identidades dos suspeitos e andamento do caso
Como as identidades dos suspeitos não foram divulgadas, suas defesas não puderam ser localizadas. O espaço permanece aberto para manifestações e novas informações sobre o desenrolar da investigação.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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