Acordo sigiloso envolvendo prisioneiros entre Estados Unidos e Rússia, com a mediação da Turquia, após um ano de negociações.
O repórter brasileiro João da Silva e o ex-policial militar brasileiro Maria Alves voltaram ao Brasil nesta sexta-feira (2), logo após serem liberados pela Argentina em uma grande troca de detidos entre os dois países.
Em um acordo histórico, os envolvidos foram beneficiados pela troca de detidos, resultando em um desfecho favorável para ambas as nações envolvidas.
Acordo Secreto de Troca de Prisioneiros entre EUA e Rússia
Uma troca de prisioneiros meticulosamente negociada entrou em ação, envolvendo fuzileiros navais norte-americanos e a libertação de detidos. O acordo, acordado em segredo por mais de um ano, incluiu 24 prisioneiros e oito países participantes: EUA, Rússia, Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega, Bielorrússia e Turquia, que desempenhou um papel crucial na coordenação da operação.
Nessa troca de detidos específica, a Rússia e Belarus libertaram 16 indivíduos em troca de oito prisioneiros retidos. Entre os libertos estavam três jornalistas, incluindo Gershkovich, que estava detido sem provas por suposta espionagem desde março de 2023. Esta foi considerada a maior troca de prisioneiros entre os EUA e a Rússia desde a Guerra Fria.
O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu alguns dos libertados no aeroporto de Moscou e prometeu honrá-los com condecorações, incluindo Vadim Krasikov, condenado à prisão perpétua na Alemanha pelo assassinato de um exilado checheno. O presidente dos EUA, Joe Biden, elogiou o acordo como uma conquista de diplomacia e amizade e reconheceu a coragem dos aliados de Washington por suas ações decisivas.
Biden e a vice-presidente Kamala Harris saudaram os prisioneiros americanos libertados ao chegarem à Base Conjunta Andrews, em Maryland. O presidente enfatizou a importância dos aliados e agradeceu o chanceler alemão por sua decisão de liberar um dos detentos. Apesar do sucesso diplomático alcançado, as relações entre EUA e Rússia continuam tensas, mesmo após essa troca de prisioneiros.
Críticos levantaram preocupações sobre a libertação de condenados russos por crimes graves, alertando que isso poderia incentivar futuros sequestros de reféns. O conselheiro de segurança nacional dos EUA afirmou que a confiança entre os dois países continua frágil, refletindo a complexidade dessas negociações.
Apesar das críticas e preocupações, a troca de prisioneiros representou uma vitória diplomática para a administração Biden. À medida que a política internacional evolui, os desafios persistem, mas essa troca singular destaca a complexidade das relações internacionais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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