Proposta de reajuste de 22,71% em três parcelas anuais de 7,06% em meio a movimento paredista por melhores condições de trabalho.
Hoje, teve início uma greve em diversas instituições de ensino superior do país, incluindo universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica. Os professores decidiram cruzar os braços em resposta à falta de avanços nas negociações com o governo, que não atendeu às demandas da categoria. A greve foi aprovada em assembleias realizadas nos últimos dias.
Esse movimento de protesto busca chamar a atenção para as condições de trabalho dos docentes e a defesa da educação pública de qualidade. As paralisações podem impactar o calendário acadêmico e gerar debates sobre a valorização da carreira do magistério. É importante acompanhar de perto os desdobramentos desse movimento, que evidencia as insatisfações de uma categoria fundamental para o desenvolvimento educacional do país.
Gestão e inovação na pauta da greve dos docentes do ensino superior
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal em relação ao reajuste salarial zero foi amplamente rejeitada durante uma reunião que contou com a presença de 34 seções sindicais do setor. Nesse encontro, houve votação pelo movimento paredista, resultando em 22 votos a favor, sete contra e cinco abstenções.
Na pauta nacional unificada, os docentes reivindicam um reajuste de 22,71%, a ser pago em três parcelas ao longo dos próximos anos. Além do reajuste salarial, questões como a revogação de portarias do Ministério da Educação e a discussão acerca do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores estão em destaque.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será estabelecido em uma reunião na sede do Andes, em Brasília, e haverá a participação em uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Essas ações têm como objetivo debater as mobilizações e paralisações nas instituições de ensino.
O movimento de protesto, que segue com a Jornada de Luta ‘0% de reajuste não dá!’, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, também inclui uma semana de atividades locais em todas as instituições participantes.
Por outro lado, o Ministério da Gestão informou que formalizou a proposta apresentada e se comprometeu a abrir mesas de negociação específicas para tratar das demandas das carreiras dos servidores. Já existem mesas tratando de reajustes para a educação, com acordos em andamento, e um grupo de trabalho foi criado para a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
O diálogo entre o governo e os servidores mostra-se fundamental para o avanço das negociações, embora o posicionamento do Ministério da Gestão não aborde detalhes específicos das mesas de negociação em andamento. A busca por soluções que atendam às demandas dos servidores continua sendo uma prioridade em meio ao cenário de greve e paralisação.
Fonte: @ Exame
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