Em alta da Selic, especialistas recomendam esperar para investir em prefixados, considerando a política monetária e o mercado de capitais.
Com a recente alta da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, os investidores estão buscando opções de renda fixa para diversificar seus portfólios. O Tesouro Direto se destaca como uma opção atraente, oferecendo uma variedade de títulos para atender às necessidades de diferentes perfis de investidores.
A renda fixa é uma excelente opção para quem busca estabilidade e segurança em seus investimentos. No Tesouro Direto, é possível encontrar títulos com diferentes prazos e rendimentos, permitindo que os investidores escolham a opção que melhor se adequa às suas necessidades. Além disso, a possibilidade de investir em títulos com rendimentos prefixados ou pós-fixados oferece uma flexibilidade adicional para os investidores. O investimento em títulos do Tesouro pode ser uma boa escolha para quem busca uma renda fixa e segura.
Investindo em um Cenário de Alta da Selic
Em um cenário de alta da taxa Selic, alguns especialistas recomendam esperar um pouco mais para investir em títulos prefixados. Nesse contexto, surge a dúvida: entre o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+, qual é a melhor opção de investimento? Para Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, o principal ponto a se considerar não é apenas a rentabilidade, mas sim o horizonte de investimento de cada um.
O Tesouro Selic é um título adequado para aplicações que necessitam de liquidez imediata, como reserva de emergência, reserva de oportunidade, planos de curto prazo ou, no caso de investidores mais arrojados, como margem de garantia para operações alavancadas na bolsa. Além disso, o Tesouro Selic oferece vencimentos máximos até 2027 e 2029, com liquidez diária. Já o Tesouro IPCA oferece vencimentos até 2065, o que o torna mais adequado para horizontes de investimento mais voltados para o longo prazo.
A rentabilidade do Tesouro Selic acompanhará as decisões de política monetária, e atualmente está fixada em 10,75%. Já o Tesouro IPCA+ oferece uma taxa fixa adicional para compensar a inflação, mas seu rendimento total foi menor do que o do Tesouro Selic, devido ao cenário atual de taxas de juros elevadas.
Escolhendo o Melhor Investimento
Grazzielle Feilstrecker, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, explica que o Tesouro Selic rendeu mais recentemente devido à sua correlação direta com a taxa Selic. Em contraste, o Tesouro IPCA+ teve um desempenho inferior porque a inflação se manteve controlada em torno de 4,5% nos últimos 12 meses.
Se a necessidade de utilização do recurso for de curto prazo, o Tesouro Selic é a melhor escolha, oferecendo segurança, liquidez e um bom rendimento em um cenário de juros altos. Já se o investidor possui um horizonte de médio e longo prazo, o Tesouro IPCA+ é o mais indicado para quem deseja proteção contra a inflação e visa preservar o poder de compra no futuro.
Kist, da Matriz Capital, lembra que o Brasil tem um histórico inflacionário alto e, principalmente por uma característica da economia muito dependente de commodities e indexada ao dólar, os choques inflacionários são bem imprevisíveis. Por isso, é importante considerar a característica defensiva que os títulos indexados à inflação representam para uma carteira de investimentos de longo prazo.
Planos como previdência para os filhos ou aposentadoria, por exemplo, são muito beneficiados por esse tipo de título. Além disso, o Tesouro IPCA+ pode ser uma boa opção para investidores que buscam proteger seu patrimônio contra a inflação e garantir um rendimento fixo no longo prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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