Após envio de ordem para a Anatel, cabe às operadoras bloquearem o acesso ao representante de tecnologia dos provedores no Brasil.
Encerrou-se na noite desta quinta-feira (29) o prazo de 24 horas estipulado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para que o representante no Brasil seja bloqueado. Se essa determinação não fosse atendida, o ministro alertou que o bloqueio do serviço seria efetuado no país. Moraes ainda não havia divulgado sua decisão até o momento da última atualização da notícia.
Diante da iminência do bloqueio do X, é crucial que medidas sejam tomadas com urgência para evitar a suspensão do serviço. Caso contrário, uma ordem de bloqueio poderá ser emitida a qualquer momento, impactando diretamente os usuários. É fundamental que o X esteja ciente da gravidade da situação e tome as providências necessárias para evitar o bloqueio iminente.
Bloqueio do X: Entenda o Processo de Suspensão de Serviço
Mas, mesmo que haja a determinação de bloqueio do X, a ação pode não ser imediata. No caso do X, o termo ’20h07′, que indica o momento em que o prazo expirou, gerou muitos comentários, juntamente com as expressões ‘Não caiu’ e ‘Sobrevivemos’. Anteriormente, a plataforma enfrentou instabilidade global por menos de 1 hora.
Quem seria responsável por bloquear o X no Brasil? Normalmente, o primeiro passo é o Judiciário solicitar que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) encaminhe o documento com a ordem de bloqueio para as operadoras de internet vinculadas ao órgão. Na prática, cabe às operadoras suspender o acesso ao X. Esse processo não é necessariamente automático, e a maioria delas consegue concluir em até um dia útil, conforme Thiago Ayub, diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks.
As lojas de aplicativos, como a Google Play Store e a App Store, também têm o poder de suspender o download do X. No Brasil, existem mais de 20 mil provedores de internet, incluindo a Starlink, de Elon Musk, o proprietário do X. Recentemente, Moraes determinou o bloqueio das contas da Starlink devido à ausência de um representante legal no país.
Essa decisão foi motivada pelo anúncio do X sobre o fechamento de seu escritório no Brasil e a retirada de sua representante devido a discordâncias com as decisões judiciais de Moraes. Além disso, o ministro ordenou que o X pagasse multas pendentes por descumprimento de determinações judiciais.
O bloqueio afetaria tanto o site quanto o aplicativo do X. As operadoras poderiam impedir o acesso dos clientes aos servidores da rede social, tanto via navegador quanto no celular. A exigência de Moraes para que Elon Musk nomeasse um novo representante no Brasil foi posta em prática, com a ameaça de suspensão das operações da rede social em caso de descumprimento.
A decisão de Moraes foi publicada no perfil do tribunal no X e marcada para Musk. Essa intimação via rede social é inédita e reflete a tensão entre as partes. Vale destacar que suspensões de plataformas pela Justiça não são incomuns no Brasil, com casos envolvendo o WhatsApp e o Telegram nos últimos anos.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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