Especialistas preveem risco de recessão para ‘big tech’ em Nova York, mas mantêm confiança nos ganhos e retorno dos investimentos.
O avanço da tecnologia tem sido um dos principais motores da economia global nos últimos anos. A inovação constante e a busca por soluções cada vez mais eficientes têm impulsionado o crescimento de diversas empresas do setor. Em meio a esse cenário, o mercado financeiro tem acompanhado de perto o desempenho das ações de gigantes da tecnologia, que podem sofrer variações bruscas em curtos períodos de tempo.
Recentemente, o setor de tecnologia tem sido impactado por diversos fatores externos, o que tem contribuído para a volatilidade das ações. Mesmo diante dessas oscilações, as empresas continuam investindo em inovação e buscando se manter relevantes no mercado. Em meio a esse cenário desafiador, a atenção se volta para empresas como a Nvidia, que busca se destacar em um ambiente altamente competitivo. A tecnologia segue sendo um setor crucial para o desenvolvimento econômico, e as empresas do ramo estão constantemente em busca de novas oportunidades de crescimento.
Tecnologia: Ações das Gigantes da Tecnologia em Risco devido à Recessão
Chegou a acumular alta de 170% no ano, mas já apanhou mais de 19% entre julho e este comecinho de agosto. Mas muita calma nessa hora. Ondas de pânico, do mesmo jeito que sobem, morrem na praia. Para especialistas ouvidos pelo Valor Investe, uma chance preciosa está sendo criada para investidores. Diversos fatores explicam a queda abrupta das ações de tecnologia, que até então viviam mais um momento de explosão de ganhos. Entre os motivos estão a perspectiva de menos lucro à frente, rotação de carteira dos investidores, eleições nos EUA, realização de ganhos e ceticismo em sobre o retorno dos investimentos em Inteligência Artificial.
Existem ainda eventos pontuais de cada ação como um atraso na entrega de chips da Nvidia e que pode significar bilhões de dólares a menos em seus resultados de 2024. No caso da Apple, o papel derreteu com a informação de que um dos seus grandes entusiastas, o megainvestidor Warren Buffett, havia se desfeito de metade de suas ações na companhia. A Alphabet, dona do Google, sofre pressão após decisão da Justiça dos Estados Unidos, que a considerou uma empresa monopolista, que violou as leis por meio de competição desleal. Amazon já viu os papéis caírem com ameaça ao seu reinado por varejistas chinesas e a Meta, dona do Facebook, enfrentou vários processos, inclusive tendo de pagar milhões por ter vazado dados de 50 milhões de usuários e ter sido negligente em época de eleições.
A Tesla é um caso a parte, com um diretor-presidente envolto em polêmicas e tendo de lidar até com acidente em carros com função piloto automático. Microsoft tampouco passou ilesa ao longo dos anos. Há pouco tempo, o apagão cibernético da Crowstrike acertou em cheio os sistemas da empresa e respingaram negativamente em suas ações. Houve ainda o efeito Donald Trump, em que a queda se explicou pelo temor de que o ex-presidente volte à Casa Branca com mais restrições entre o comércio de tecnologia americana para a China. Oportunidade à vista Além de serem empresas de tecnologia, elas têm em comum a capacidade de se recuperar das crises e terem negócios sólidos. Não é à toa que ganharam o apelido de Sete Magníficas. Essas ações têm desempenho tão forte que juntas são capazes de ditar os rumos dos índices dos quais fazem parte. Em 2022, logo após a disparada das ações na pandemia, os papéis sofreram um forte recuo. Ali, muitos investidores já não acreditavam na redenção do setor e temiam que estivessem prestes a testemunhar uma nova crise, como a bolha das com que levou ao declínio empresas como o Yahoo no início dos anos 2000. Mas não foi isso que ocorreu e elas voltaram a disparar em 2023. Agora, dois anos mais tarde, uma nova janela de queda pode ser observada. Os investidores têm feito um movimento chamado rotação de carteira, que é quando redistribuem seus recursos concentrados em um determinado papel ou setor para outros diferentes. No caso das empresas de tecnologia, que passaram por alta recente, muitos aproveitaram os lucros e redirecionaram.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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