Em 2024, não haverá distinção de aumento em três faixas como nas datas anteriores, indicando medicamentos por meio da competitividade do mercado, reajuste de preços e programa Farmácia Popular.
(FOLHAPRESS) – Nesta quinta-feira (28), a Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) divulgou a oficialização do reajuste de 4,5% nos preços dos remédios. A partir do dia 31, conforme o texto veiculado no DOU (Diário Oficial da União), o aumento passará a vigorar.
A variação de preços dos remédios é uma questão que impacta diretamente o bolso dos consumidores. É importante ficar atento às atualizações e buscar por alternativas quando possível, optando por medicamentos genéricos, por exemplo, que costumam ter preços mais acessíveis.
A alta dos preços nos remédios e o reajuste anual
A alta dos preços é realizada uma vez por ano e leva em consideração um cálculo que considera a inflação no período medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 4,5% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses.
Os outros índices usados na conta da indústria farmacêutica, como produtividade do setor, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência, foram estabelecidos como zero pela Cmed, em resolução anunciada em fevereiro.
Em 2024, não haverá distinção de aumento em três faixas como já ocorreu em anos anteriores, indicando medicamentos por meio da competitividade do mercado, se mais competitivo, moderadamente concentrado ou muito competitivo. Embora seja autorizado a ser praticado a partir de 1º de abril, o reajuste não é imediato, já que depende de cada farmácia e da própria indústria farmacêutica. Em termos numéricos, o aumento é o menor desde que teve início a pandemia de Covid-19, em março de 2020.
Naquele ano, o reajuste foi de 4,08%, mas ainda não havia sido impactado pela pandemia. Depois disso, foram dois anos seguidos de alta, chegando a atingir 10,89% em 2022, maior patamar desde 2016.
No ano passado, o reajuste foi menor e caiu para 5,6%.
Promoções e descontos em medicamentos
Nas lojas em São Paulo e nos sites, grandes redes do setor como Drogasil, Farmácias Pague Menos, Drogaria São Paulo, Droga Raia e Drogaria Pacheco, além das farmácias de bairro anunciam promoções para medicamentos antes do reajuste anual.
Os descontos chegam a até 90% em alguns casos. É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer, afirma Nelson Mussolini, presidente da Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).
O presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Reinaldo Domingos, recomenda que os consumidores evitem comprar por impulso, pesquisem preços de genéricos ou similares e façam o cadastro no programa Farmácia Popular.
A grande maioria das farmácias possui ainda programas de fidelidades com grandes benefícios. Além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%, comenta Domingos.
Denúncias sobre reajustes acima do IPCA
Caso o consumidor note um aumento maior do que o estabelecido, ele deve denunciar à Cmed por meio dos canais de comunicação da Anvisa. Ele também precisará entregar uma série de documentos na denúncia…
Segundo aumento no ano em parte do país
Além do reajuste anual, os remédios já tiveram o preço reajustado neste ano em parte do país por causa do aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
No total, 10 estados e o Distrito Federal anunciaram mudança no tributo, com aumento entre 1% e 2%, que seria repassado ao consumidor…
Fonte: © Notícias ao Minuto
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