Primeira mulher formada em medicina no Brasil, especializada em obstetrícia, obteve diploma em 1887, participou do movimento feminista.
Neste dia 7 de novembro, o Google Doodle celebra a vida e a trajetória de Rita Lobato Velho, pioneira em Medicina no Brasil. Reconhecida por sua expertise em obstetrícia, ela se destacou como a segunda profissional a conquistar reconhecimento acadêmico na área em toda a América do Sul.
A história de Rita Lobato Velho é um marco na medicina brasileira, sendo um exemplo inspirador para as futuras gerações. Sua dedicação e conquistas no campo da saúde demonstram a importância do seu legado para a sociedade atual, reforçando a relevância de sua atuação pioneira no cenário médico nacional.
Rita Lobato Velho: Uma Mulher de Êxito na Área Acadêmica
Rita Lobato Velho, a primeira mulher a formar-se em medicina no Brasil, é uma figura notável da história. Nascida prematuramente em 9 de junho de 1866, no Rio Grande do Sul, ela cresceu em meio a 13 irmãos, em diferentes bairros devido ao trabalho de seu pai, um comerciante de charque gaúcho. Desde cedo, Rita nutria o sonho de se tornar médica, um objetivo que a levou a cursar medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em um feito impressionante, Rita concluiu os seis anos de faculdade em apenas quatro, obtendo seu diploma em 10 de dezembro de 1887, aos 21 anos. Sua tese de conclusão, intitulada ‘Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana’, refletia seu comprometimento com a especialização em obstetrícia. Ao longo de sua carreira, Rita dedicou-se ao atendimento de mulheres de diferentes classes sociais, muitas vezes sem cobrar honorários.
Casada com Antônio Maria Amaro de Freitas, um advogado, em 1889, Rita teve uma filha, Isis Lobato Freitas. Além de sua atuação na área médica, Rita Lobato Velho foi uma participante ativa no movimento feminista, contribuindo para o triunfo do Código Eleitoral de 1932 e a eleição de Carlota Pereira de Queirós para o Congresso Nacional em 1934.
Nos últimos anos de sua vida, Rita enfrentou desafios de saúde, incluindo deficiência auditiva e visual. No entanto, sua mente lúcida e sua determinação permaneceram intactas até sua morte, aos 87 anos, em 6 de janeiro de 1954. Rita Lobato Velho deixou um legado marcante como pioneira na medicina e como defensora dos direitos das mulheres, sendo lembrada e homenageada por suas contribuições significativas para a sociedade.
Fonte: © CNN Brasil
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