Equipe técnica avalia impactos da crise climática, orienta a população e propõe soluções para a saúde pública, déficit hídrico, queimadas detectadas, Vigidesastres, Sala de Situação Nacional, Vigilância em Saúde, Monitor de Secas, Programa Nacional de Atenção Primária à Saúde.
Com o rio Branco sofrendo com o déficit hídrico e os efeitos da seca já começando a aparecer, Roraima se prepara para enfrentar um período de estiagem extremamente crítico. A saúde da população é a principal preocupação, pois a escassez de água pode agravar problemas de saúde existentes e facilitar a propagação de doenças.
Para mitigar os impactos adversos da estiagem na saúde da população, o Ministério da Saúde enviou técnicos especializados para o estado. Esses profissionais trabalharão em estreita colaboração com as autoridades locais para desenvolver e implementar estratégias eficazes de prevenção e controle das doenças relacionadas à seca, estiagem e queimadas. A saúde da população é a prioridade máxima, e todas as medidas necessárias serão tomadas para garantir o bem-estar da comunidade. A prevenção é a chave para evitar complicações e garantir que a população supere esse período de estiagem com a menor quantidade possível de efeitos adversos na sua saúde.
Missão da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde
A missão da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde é uma iniciativa que visa diagnosticar os estados do Norte em relação às mudanças climáticas. Em Roraima, a equipe da Sala concluiu a visita e conheceu a realidade da população para criar estratégias para um enfrentamento mais eficaz dos efeitos da seca. O ponto focal do Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres, Vigidesastres, Lucas Fonseca, ressaltou que ‘no decorrer da semana conhecemos a realidade da população para criarmos estratégias, em conjunto, para um enfrentamento mais eficaz devido aos efeitos da seca’.
Monitor de Secas e Focos de Incêndio
Roraima passou a integrar o Monitor de Secas em meio à forte seca que atingiu a região Norte do país. Um dos efeitos provocados pela seca é o aumento do número de focos de calor. No 1º trimestre de 2024, Roraima foi o estado com o maior percentual de focos de incêndio no país, totalizando 40%. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram pouco mais de 4 mil queimadas detectadas na região.
Impacto na População Indígena
Quando há escassez da falta de água, a população indígena sente o impacto mais fortemente, pois depende dos rios para se locomover e da chuva para colheita dos alimentos. Roraima possui a maior concentração de indígenas em relação ao total da população estadual, cerca de 80 mil indígenas vivem no estado. Dos 37.2 mil indígenas do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Leste de Roraima, 16.5 mil foram afetados pela crise hídrica.
Atenção Primária à Saúde
A presença da equipe no território tem como objetivo ‘garantir o acesso da população – que está mais distante dos centros urbanos – à saúde e entender como a crise climática agrava as iniquidades existentes para poder qualificar o serviço e aprimorar a resposta’, segundo a técnica da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Priscylla Alves.
Déficit Hídrico e Saúde
O Dsei Yanomami alerta que 346 indígenas estão voltando a ser impactados devido ao nível baixo do rio, a equipe de saúde para chegar nas aldeias começam a enfrentar percursos mais complicados, atrasando o tempo de atendimento. No começo do ano, a terra indígena também sofreu com as queimadas. Com a estiagem, a população começa a estocar água em reservatórios e o mal armazenamento pode gerar alguns problemas, como dengue e doenças diarreicas agudas.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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