Pesquisa com 280 mil adultos usou modelo da Mayo Clinic para estimar idade biológica, enfocando envelhecimento, determinantes sociais e risco de mortalidade.
Uma pesquisa recente feita por especialistas em saúde constatou que a longevidade está intimamente ligada à conexão social, destacando que a interação humana pode impactar diretamente na qualidade de vida das pessoas. Ao se sentir parte de uma rede de apoio e compartilhar experiências com outros, é possível manter uma longevidade saudável e satisfatória ao longo dos anos.
Além disso, foi observado que indivíduos que enfrentam idade avançada podem se beneficiar significativamente ao se manterem envolvidos em atividades sociais, mantendo-se ativos e mentalemente estimulados. Portanto, cuidar das relações interpessoais ao longo da vida pode ser um fator determinante para promover a longevidade e o bem-estar em todas as fases do envelhecimento. Não podemos subestimar o poder que a conexão com o próximo tem sobre nossa saúde física e emocional.
Importância dos Vínculos Sociais na Longevidade
Publicado recentemente no Journal of the American College of Cardiology em 20 de março, um estudo destacou a relevância dos vínculos sociais na promoção da saúde física, ressaltando sua importância como determinantes sociais da saúde. Os determinantes sociais da saúde abrangem uma variedade de fatores que influenciam a saúde, como aspectos sociais, econômicos, culturais e comportamentais.
Para compreender o impacto do contato social no envelhecimento biológico, pesquisadores da Mayo Clinic realizaram um estudo cruzando informações de estilo de vida com resultados de eletrocardiogramas de voluntários. A análise desses dados permitiu a criação de um modelo para determinar a idade biológica dos participantes, refletindo assim sua saúde em um nível mais profundo.
Disparidades na Idade Biológica e Cronológica
Além disso, foi constatado que a idade biológica pode diferir significativamente da idade cronológica, e manter uma rede social ativa pode contribuir para minimizar essa diferença ao longo do tempo. O estudo revelou que participantes com pontuações mais elevadas no Índice de Rede Social, indicando uma vida social mais rica, apresentaram uma menor diferença entre a idade biológica e a idade cronológica, independentemente do gênero e da faixa etária.
Impacto do Status da Rede Social na Longevidade
O status da rede social demonstrou ter um papel crucial no risco de mortalidade. Durante o período de acompanhamento do estudo, aproximadamente 5% dos participantes faleceram. Aqueles com pontuações baixas no Índice de Rede Social, especialmente iguais ou inferiores a 1, apresentaram um risco significativamente maior de morte em comparação com outros grupos, destacando a importância dos contatos sociais na longevidade e na saúde geral.
Os resultados também apontaram disparidades de saúde entre os participantes não brancos em relação aos brancos não hispânicos, evidenciando diferenças de idade média mais acentuadas, sobretudo entre aqueles com pontuações mais baixas na avaliação do Índice de Rede Social. Essas descobertas ressaltam a necessidade de considerar não apenas a idade avançada cronológica, mas também a idade biológica e os fatores sociais na promoção da longevidade e bem-estar.
Fonte: @ Metropoles
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