Gestão corporativa semelhante à adotada na Eletrobras, para empresas do setor privado, com membros do Conselho de Administração e foco em pequenos consumidores.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou durante uma reunião sigilosa no Palácio dos Bandeirantes na noite de ontem a aprovação das diretrizes de atuação que serão implementadas pela Sabesp após a privatização da empresa. Com essas medidas, o governador sinaliza sua intenção de promover uma gestão mais eficiente e transparente na Sabesp, visando garantir a qualidade dos serviços prestados à população.
Além disso, a desestatização da Sabesp representa a transferência de controle para o setor privado, abrindo portas para investimentos e modernização da infraestrutura do saneamento básico em São Paulo. Com essa mudança, espera-se que a empresa se torne mais ágil e competitiva no mercado, fomentando a inovação e a melhoria dos serviços oferecidos à sociedade.
Processo de Privatização da Sabesp: Similaridade com a Eletrobras
O processo de privatização da Sabesp segue um modelo semelhante ao adotado para a Eletrobras. As regras estabelecidas para essa desestatização refletem práticas comuns em empresas do setor privado, visando garantir uma gestão corporativa eficiente e livre de interferências indevidas.
Uma das medidas adotadas é a eleição dos membros do Conselho de Administração por chapas, compostas por três membros independentes, três representantes do investidor estratégico e três do Governo de São Paulo. Esse formato busca assegurar uma diversidade de interesses e impedir a concentração de poder em um único grupo.
Além disso, foi estabelecido um limite de 30% de ações para que um acionista possa exercer votos na empresa. Mesmo que um investidor detenha mais de 30% das ações, seu poder de voto em assembleias será limitado a essa porcentagem, evitando assim a tomada de controle total por parte de um único acionista.
Essas medidas visam proteger a Sabesp e seus pequenos consumidores, representando 72% da migração recorde ao mercado livre de energia no primeiro trimestre. A intenção é garantir que a privatização da empresa ocorra de forma transparente e eficiente, promovendo a participação equilibrada de diferentes atores no seu futuro gerenciamento.
A aprovação das regras estabelecidas será formalizada no Estatuto da Sabesp e em um Acordo de Investimentos entre o Governo de São Paulo e o investidor estratégico. Com a concretização desse processo, o governador dá mais um passo rumo à privatização da empresa de saneamento.
É previsto que a oferta de ações da Sabesp seja realizada em junho, marcando uma nova etapa nesse processo de transferência do controle para o setor privado. A divulgação das regras aprovadas pelo Conselho de Administração, em entrevista coletiva conduzida pelo governador, é um passo importante para a transparência e comunicação sobre as mudanças em curso.
Nesse mesmo contexto, a Câmara dos Vereadores de São Paulo também está envolvida, analisando um projeto de lei que define as regras do contrato da prefeitura com a Sabesp. O aval dos vereadores é relevante, uma vez que a cidade de São Paulo representa 44% da receita da estatal, demonstrando a importância da colaboração entre os diferentes níveis de governo nesse processo de privatização.
Fonte: © CNN Brasil
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