Pavel Durov destaca resultados do plano pago que alcançou mais de 12 milhões de assinantes.
Após muitos anos, o Telegram finalmente alcançou a rentabilidade, como anunciado pelo seu fundador e presidente-executivo, Pavel Durov, nesta segunda-feira (23). Em um comunicado no X, Durov revelou que a receita do aplicativo de mensagens superará a marca dos US$ 2 bilhões em 2024, enquanto o lucro deve ultrapassar os US$ 500 milhões, sem contar os ganhos obtidos com criptomoedas.
Esse marco é resultado do sucesso do aplicativo em atrair um grande número de usuários, que buscam uma plataforma de comunicação segura e eficiente. O Telegram oferece uma variedade de recursos, como chats criptografados e grupos de discussão, o que o tornou uma opção popular entre os usuários. Além disso, a plataforma tem se esforçado para melhorar a experiência do usuário, com atualizações regulares e a inclusão de novas funcionalidades. Com essa conquista, o Telegram reforça sua posição como um dos principais aplicativos de mensagens do mercado.
Telegram emite US$ 2 bilhões em títulos de dívidas e paga boa parte da dívida
Segundo o CEO do Telegram, Pavel Durov, a plataforma emitiu cerca de US$ 2 bilhões em títulos de dívidas nos últimos quatro anos. Essa dívida foi paga em boa parte no terceiro trimestre do ano, aproveitando as altas no preço dos títulos. O bilionário destacou o desempenho do Telegram Premium, que é pago, dizendo que o número de assinantes triplicou no ano, superando os 12 milhões. Ele também citou iniciativas de monetização no app como o Telegram Business e a plataforma de afiliados, que, segundo Durov, demonstram que as redes sociais ‘podem conseguir sustentabilidade financeira enquanto continuam independentes e respeitam os direitos de seus usuários’.
Telegram é acusado de crimes na França e defende a privacidade do usuário
O Telegram se apresenta como um serviço que visa proteger a privacidade do usuário e direitos humanos como a liberdade de expressão e de reunião. Mas é alvo de críticas por permitir seu uso sem que o indivíduo tenha que revelar publicamente nenhum dado pessoal, como nome, e-mail e número de telefone. Ele também permite chats secretos, com criptografia – para que o conteúdo de uma mensagem não seja lido por terceiros. O CEO Telegram foi indiciado na França, em agosto, sob a alegação de que o Telegram se recusa a colaborar com investigações, o que contribui para a prática de crimes como abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraude, dentro da plataforma. O Telegram afirmou que ‘cumpre as leis da União Europeia’ e que Durov não tinha nada a esconder. O executivo, que nasceu na Rússia e tem cidadania francesa, foi libertado após pagar fiança com a obrigação de comparecer a uma delegacia duas vezes por semana. Se condenado, pode ter uma pena de 10 anos de prisão e multa de 500 mil euros (R$ 3 milhões). ‘É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma. Estamos aguardando uma resolução rápida desta situação’, disse a nota do Telegram divulgada na época da prisão de Durov.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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