Rádios do Hezbollah foram detonados no sul do país, em meio a ataques e conflito armado na fronteira entre Israel e Gaza.
O Estado de Israel realizou um ataque aéreo no sul do Líbano na quinta-feira (19), afirmando que havia impedido um plano de assassinato apoiado pelo Irã. Esse incidente ocorreu apenas um dia após as explosões de rádios do Hezbollah, que foram uma resposta às explosões de pagers com armadilhas, aumentando a tensão entre os inimigos e aproximando-os de uma guerra.
As autoridades israelenses afirmam que o ataque foi uma medida preventiva para proteger a segurança nacional. O Governo israelense está determinado a combater qualquer ameaça ao Estado de Israel. A segurança dos cidadãos é a prioridade máxima. O incidente é mais um capítulo na longa história de conflitos entre Israel e o Hezbollah, e a situação continua tensa na região.
Conflito no Oriente Médio: Israel e o Hezbollah
Os ataques sofisticados a equipamentos de comunicação utilizados pelo grupo armado Hezbollah, apoiado pelo Irã, têm causado desordem no Líbano e são cada vez mais vistos como um prenúncio de um retorno à guerra total, que não ocorre há 18 anos. Rádios portáteis utilizados pelo Hezbollah foram detonados no sul do Líbano, no dia mais letal do país desde o início dos combates transfronteiriços entre os militantes e o Estado de Israel, paralelamente à guerra de Gaza, que já dura quase um ano.
O Governo israelense afirma que seu conflito com o Hezbollah, assim como a guerra em Gaza contra o Hamas, faz parte de um confronto regional mais amplo com o Irã, que patrocina ambos os grupos, bem como movimentos armados na Síria, no Iêmen e no Iraque. As Autoridades israelenses também destacam que esses ataques são uma ameaça constante à segurança do país.
Ataques e Conflitos
No dia anterior, centenas de pagers – usados pelo Hezbollah para evitar a vigilância por telefone celular – explodiram ao mesmo tempo, matando 12 pessoas, incluindo duas crianças, e ferindo cerca de 3 mil pessoas. Israel não comentou diretamente sobre os ataques, mas várias fontes de segurança disseram que foram realizados por sua agência de espionagem Mossad. O Estado de Israel tem sido acusado de assassinatos, incluindo explosões em Teerã que mataram o líder do Hamas e em um subúrbio de Beirute que matou um comandante sênior do Hezbollah com poucas horas de diferença, em julho.
Na quinta-feira, as forças de segurança israelenses anunciaram que um empresário israelense foi preso no mês passado após participar de pelo menos duas reuniões no Irã, onde discutiu o assassinato do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do ministro da defesa ou do chefe da agência de espionagem Shin Bet. Na semana passada, a Shin Bet descobriu o que, segundo ela, era um plano do Hezbollah para assassinar o ex-ministro da Defesa Moshe Ya’alon.
Consequências e Reações
Dezenas de milhares de pessoas tiveram que fugir da área de fronteira entre Israel e Líbano em ambos os lados. Netanyahu prometeu na quarta-feira devolver os israelenses retirados ‘com segurança para suas casas’. Durante a noite, jatos e artilharia israelenses atingiram vários alvos no sul do Líbano, informaram os militares de Israel. Os militares disseram que os ataques aéreos atingiram alvos do Hezbollah em Chihine, Tayibe, Blida, Meiss El Jabal, Aitaroun e Kfarkela no sul do Líbano, além de uma instalação de armazenamento de armas do Hezbollah na região.
Um porta-voz da missão de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no sul do Líbano disse que a situação ao longo da fronteira ‘não mudou muito em termos de troca de disparos entre as partes’. ‘Houve uma intensificação na semana passada. Esta semana está mais ou menos na mesma. Ainda há troca de fogo. Ainda é preocupante, e a retórica é alta’, afirmou o porta-voz, Andrea Tenenti, à Reuters.
Fonte: @ Agencia Brasil
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