Tesla, de Elon Musk, é a maior montadora de veículos elétricos do mundo, superando a chinesa BYD. Alerta no setor automotivo devido ao mercado global lotado e preços competitivos.
A busca por alternativas sustentáveis tem impulsionado o mercado de veículos elétricos nos últimos anos. Grandes players como Xiaomi e Tesla estão investindo pesado nesse setor, buscando conquistar cada vez mais consumidores preocupados com o meio ambiente e com a redução de emissões de carbono. A demanda por carros elétricos tem crescido significativamente, criando oportunidades e desafios para as fabricantes que buscam se destacar nesse mercado em constante evolução.
Os avanços tecnológicos e incentivos governamentais têm impulsionado a popularidade dos automóveis elétricos ao redor do mundo. Com a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade, é esperado que a demanda por veículos movidos a energia limpa continue em ascensão. Empresas como Xiaomi e Tesla estão na vanguarda dessa revolução, trazendo inovações que estão transformando a maneira como nos deslocamos diariamente. É preciso ficar atento a essas tendências para aproveitar as oportunidades que os veículos elétricos podem oferecer.
Em Nova York, ações da Tesla afundam
Já as ações da Tesla registravam uma queda de 5,74% na Nasdaq, em Nova York, por volta das 12h30 (horário de Brasília) diante dos investidores reagindo aos dados de entrega de veículos elétricos. Esses dados apontaram para uma redução de 8,5% na comparação anual, ficando abaixo das expectativas do mercado e aumentando as tensões em torno do mercado global de carros elétricos.
No primeiro trimestre, foram entregues um total de 386,8 mil veículos, representando o menor volume de entregas da montadora de Elon Musk desde o terceiro trimestre de 2022. Foi também a primeira vez desde 2020 que a Tesla apresentou uma queda nas entregas em um ano. Durante o período de janeiro a março, a companhia conseguiu entregar 369,8 mil veículos dos modelos Model 3 e Model Y, enquanto os outros modelos da empresa totalizaram 17 mil entregas.
A produção de veículos alcançou a marca de 433,4 mil unidades durante os três primeiros meses do ano. Analistas consultados pela FactSet estimavam que a montadora entregasse cerca de 457 mil veículos no primeiro trimestre, estimativa essa que já vinha sendo reduzida ao longo dos últimos meses.
Esse resultado foi suficiente para a Tesla retomar o título de maior montadora de veículos elétricos do mundo, ultrapassando a chinesa BYD. No entanto, a queda nas entregas é um grande sinal de alerta para o setor automotivo, destacando a competitividade do mercado de automóveis elétricos.
Já na Ásia, Xiaomi dispara
As ações da Xiaomi apresentaram um aumento significativo após a empresa de tecnologia revelar seu primeiro automóvel elétrico, um sedã com preço competitivo que entra na disputa com a Tesla e outras montadoras por uma maior participação de mercado no concorrido espaço de veículos elétricos da China.
O fechamento das ações registrou uma alta de 8,9% na Bolsa de Hong Kong, com um aumento de 12% durante o pregão, no primeiro dia de negociação após o lançamento do veículo elétrico no final da semana anterior. Nos últimos 12 meses, as ações acumularam um aumento de 39%.
A Xiaomi, empresa sediada em Pequim conhecida principalmente por seus smartphones, lançou recentemente o sedã SU7 com preço inicial abaixo do esperado, em torno de US$ 30 mil. As entregas estão programadas para iniciar nesta semana e a empresa recebeu quase 90 mil pedidos reembolsáveis nas 24 horas após o lançamento do veículo elétrico.
Uma análise da Dow Jones Newswires sobre o WeChat da Xiaomi Car indica que os pedidos podem levar de 20 a 23 semanas para serem entregues. Há uma expectativa de que a Xiaomi envie entre 5 mil e 6 mil veículos em abril, com projeções de vendas anuais de 55 mil a 70 mil unidades, segundo analistas do Citi liderados por Jeff Chung em relatório.
Comparativamente, as fabricantes chinesas Li Auto e Nio entregaram cerca de 376 mil e 160 mil veículos, respectivamente, no ano anterior. Os analistas do Citi citaram no relatório que acreditam que a Xpeng seria ‘a maior vítima’ da entrada do SU7 da Xiaomi no mercado, uma vez que seus preços médios de venda se sobrepõem.
Eles mantiveram a recomendação de venda para XPeng e de compra para Xiaomi.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo