Advogado do campeão olímpico do salto com vara, suspenso por 16 meses, recorre na Corte Arbitral do Esporte:
A situação é de otimismo
A situação é de otimismo
O medalhista olímpico do salto com vara Thiago Braz está oficialmente afastado das competições esportivas por 16 meses e, portanto, fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A World Athletics, principal órgão do atletismo global, anunciou nesta terça-feira que a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) determinou que o atleta brasileiro infringiu as Regras Antidoping do Atletismo Mundial, resultando em sua suspensão.
Na comunidade esportiva, a suspensão de um atleta renomado como Thiago Braz gera impacto, especialmente considerando sua conquista olímpica anterior. O brasileiro terá que lidar com as consequências de suas ações e buscar formas de se recuperar desse revés em sua carreira esportiva.
Thiago, Braz;: O Atleta Brasileiro Campeão Olímpico no Salto com Vara
Thiago, Braz;, atleta brasileiro, estava suspenso provisoriamente desde 28 de julho de 2023, após ter sido pego no antidoping com a substância ostarina, droga utilizada para o aumento de massa muscular, em um exame realizado em 2 de julho do ano passado. Com a confirmação da suspensão, ele só poderá voltar a competir em 27 de novembro deste ano, três meses após o fim dos Jogos Olímpicos.
O advogado do atleta, Marcelo Franklin, já entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte. A decisão foi boa, porque queriam quatro anos e tivemos 16 meses. Estabelecemos que o Thiago não teve culpa, foi uma vítima da contaminação cruzada.
Na semana passada, apelamos para a Corte Arbitral do Esporte porque ainda consideramos 16 meses desproporcional – disse Marcelo Franklin em entrevista ao ge: – A situação é de otimismo.
Em nota, a Unidade de Integridade do Atletismo (Athletics Integrity Unit), órgão autônomo e separado da World Athletics, informa que pediu a suspensão de 4 anos e ainda considera entrar com recurso para aumentar a pena para este período.
Segundo a instituição, Thiago foi ‘imprudente’ e agiu com ‘intenção indireta’, já que os atletas são informados do risco do uso de suplementos feitos em farmácias de manipulação, e Thiago ‘desconsiderou manifestamente esse risco’.
No entanto, o Tribunal Disciplinar decidiu que não houve ‘falha ou negligência significativa’, já que Thiago teria sido orientado pela sua equipe médica no consumo do suplemento.
Thiago, Braz; e sua Equipe em Meio à Controvérsia Arbitral no Esporte
Thiago, Braz;, campeão olímpico no salto com vara, tem 30 anos e é um dos principais nomes do esporte no mundo. Além do ouro olímpico na Rio 2016, ele tem uma medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2020 e uma prata no Mundial de Atletismo Indoor de Belgrado 2022.
O advogado defendeu, na World Athletics, que o atleta ‘foi vítima de contaminação de suplementos, uma violação não intencional, com ausência de culpa significativa, reduzindo a solicitada pena de 48 meses para apenas 16 meses de inelegibilidade.’
Sob o entendimento de que os 16 meses continuam desproporcionais ao baixíssimo nível de responsabilidade atribuível ao atleta, desde a semana passada, a defesa de Thiago interpôs apelação na Corte Arbitral na Suíça e está confiante em excluir a sanção ou reduzir ainda mais o período de inelegibilidade imposto, de modo a que o atleta possa participar livremente das Olimpíadas de Paris 2024 – disse Franklin.
Embora tenha sido revelado apenas nesta terça-feira, o veredito foi dado no dia 20 de maio. A defesa de Thiago entrou com o recursos três dias depois, pedindo julgamento sumário. Não há ainda data marcada, mas Franklin acredita que o julgamento aconteça em até 15 dias.
Especialista em antidoping e direito esportivo, Marcelo Franklin notabilizou-se por defender Cesar Cielo num caso de doping em 2011. Ele também advogou para os atletas Etiene Medeiros (natação), Ana Cláudia Lemos (atletismo) e Petrúcio Ferreira (atletismo paralímpico), garantindo a participação dos três na Rio.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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