Massacre em Eldorado dos Carajás deixa 21 sem terra mortos, defendendo a agricultura sustentável como ponto de encontro após quase três décadas.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continua a desempenhar um papel fundamental na defesa da reforma agrária. Ao longo das últimas décadas, o MST tem sido uma voz incansável na busca por uma reforma agrária justa e eficiente.
A reorganização agrária é essencial para promover a justiça social e econômica nas zonas rurais. A redistribuição de terras é uma medida necessária para garantir o acesso à terra para todos os agricultores. A reformulação agrária pode ser a chave para construir um futuro mais equitativo no campo, beneficiando milhares de famílias em todo o país.
Os 28 Anos do Massacre e a Reforma Agrária
A lembrança da data do brutal assassinato de 21 trabalhadores rurais, em 1996, na Curva do S, marcou um ponto crucial na luta pelo direito à terra no Brasil. O local, que testemunhou a triste história da violência contra os ativistas, se transformou ao longo dos anos em um memorial simbólico de resistência. Hoje, a Curva do S não é apenas um local de triste memória, mas também um espaço sagrado de onde ecoam as vozes daqueles que foram silenciados.
Em defesa da reforma agrária e da promoção da agricultura familiar sustentável, o movimento social convoca anualmente um encontro entre as castanheiras para cultivar a esperança e construir um futuro de prosperidade e alegria. Esse encontro não apenas homenageia os mártires do passado, mas fortalece a determinação daqueles que continuam a lutar por justiça e igualdade no campo.
A Luta Continua: Reforma Agrária em Foco
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), prestes a completar quase três décadas de existência, mantém-se ativo e incansável em sua missão de promover a reforma agrária no Brasil. Sob a campanha do ‘Abril Vermelho’, o MST já realizou mais de 30 ações em 14 estados, mobilizando milhares de famílias sem-terra em todo o país. Entre essas ações, destacam-se as ocupações de terras, que evidenciam a urgência e a necessidade de uma reorganização agrária efetiva.
O MST, em sua trajetória de quase quatro décadas, denuncia a situação precária de mais de 105 mil famílias acampadas à espera de um pedaço de terra para cultivar. A redistribuição de terras se torna, portanto, uma pauta urgente não apenas para garantir a segurança alimentar no país, mas também para promover o desenvolvimento agrícola sustentável e a inclusão social.
Novos Rumos para a Reformulação Agrária
Em um cenário desafiador, o governo federal anunciou recentemente o programa Terra da Gente, uma iniciativa que busca ampliar as alternativas legais para a obtenção de terras destinadas à reforma agrária. Além das formas tradicionais de desapropriação e regularização de terras públicas, o programa visa incluir cerca de 295 mil novas famílias no programa nacional de reforma agrária até 2026.
Essa estratégia inovadora não apenas agiliza o processo de redistribuição de terras, mas também busca estabelecer parcerias com grandes devedores da União, bancos e governos estaduais para viabilizar o acesso à terra para aqueles que mais necessitam. Em um momento em que os recursos destinados à reforma agrária estão em declínio, iniciativas como o Terra da Gente representam uma luz de esperança para a transformação do cenário agrário no país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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