Docentes pedem 22,71% de reajuste em última Mesa Setorial do Comando Nacional de Greve, pauta unificada.
Na segunda-feira (15) teve início uma greve nacional dos professores das universidades federais, institutos federais e centros federal de educação tecnológica. Esse movimento paredista visa reivindicar melhores condições de trabalho e valorização da categoria.
As mobilizações dos educadores seguem em diversas regiões do país, com o intuito de chamar a atenção para as demandas urgentes da classe. A paralisação é uma forma legítima de luta por direitos e deve ser acompanhada de perto pela sociedade civil e autoridades competentes.
Rejeição da Proposta e Mobilização Nacional nesta Segunda
Os trabalhadores manifestaram sua insatisfação diante da proposta zero de reajuste salarial apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, durante a última Mesa Setorial Permanente de Negociação. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), o governo federal propunha aumentos somente no auxílio alimentação, na assistência pré-escolar e na saúde suplementar, deixando de lado o reajuste salarial tão esperado.
Diante dessa situação, 34 seções sindicais do setor se reuniram e votaram pelo movimento paredista, com 22 votos a favor, sete contrários e cinco abstenções. Na pauta nacional unificada, os docentes buscam um reajuste de 22,71% em três parcelas, a serem pagas nos próximos anos. Além disso, questões como a revogação de portarias do Ministério da Educação e a discussão sobre o Novo Ensino Médio também estão em destaque.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado em breve, marcando um momento importante para a mobilização dos servidores. Em paralelo, está prevista uma audiência pública para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.
Expectativa para as Próximas Mobilizações
Na próxima segunda-feira, a Jornada de Luta ‘0% de reajuste não dá!’, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), terá início, estendendo as ações de protesto até o dia 18 de abril. Além disso, uma semana de atividades locais nas instituições está programada para ocorrer entre os dias 22 e 26 de abril, reforçando a importância do movimento.
Enquanto isso, o Ministério da Gestão se comprometeu a abrir mesas de negociação específicas de carreiras até o mês de julho, visando atender às demandas dos servidores. Grupos de trabalho estão empenhados na reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, buscando construir propostas que possam ser favoráveis aos servidores.
A abertura ao diálogo por parte do governo é destacada, porém, a mobilização e a pressão dos servidores continuam sendo fundamentais para garantir avanços nas negociações. O comprometimento com a causa e a resistência mostram a força dessas mobilizações em prol de melhores condições de trabalho e valorização dos servidores públicos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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