Ibovespa cai, câmbio sobe, riscos inflacionários aumentam com tensões entre Irã e Israel, Selic cai após adiamento de cortes nos EUA.
O risco de a demora para os juros caírem nos Estados Unidos afetar a queda da Selic está sendo monitorado de perto. Além disso, novos riscos inflacionários surgiram no cenário econômico nesta semana. A tensão entre Irã e Israel no cenário internacional e a explosão da nova meta fiscal para 2025 no Brasil têm preocupado os investidores, impactando diretamente nos mercados. Como resultado, a bolsa brasileira atingiu a mínima de 2024 e o câmbio alcançou a máxima.
Essa ameaça de instabilidade traz consigo um alto nível de incerteza para os próximos períodos. É importante estar atento aos sinais do mercado e buscar estratégias de investimento que possam mitigar os riscos presentes. Em momentos de volatilidade como esse, a cautela e a diversificação de ativos se tornam ainda mais relevantes. Acompanhar de perto as notícias e análises do cenário econômico se torna essencial para tomar decisões assertivas diante desse ambiente de perigo iminente.
Riscos Inflacionários e Tensão Geopolítica Abalam o Mercado Financeiro
O Ibovespa registrou uma queda de 0,49%, atingindo 125.334 pontos, em um cenário influenciado por incertezas e ameaças. A trajetória descendente se mantém, com uma queda acumulada de 2,16% somente em abril e de 6,60% no ano. Entre as 86 ações do índice, a grande maioria apresentou desvalorização, refletindo a atmosfera de perigo e volatilidade que permeia o mercado. No entanto, empresas como Vale e Petrobras mostram resiliência, resistindo à maré adversa desde a semana passada.
A Vale registrou um aumento de 0,58%, em consonância com a reação dos preços do minério de ferro impulsionados pelo mercado chinês. Já a Petrobras representa uma rota previsível para aqueles que percebem a possível pressão de alta nos preços do petróleo diante da tensão entre Irã e Israel, o que poderia resultar em uma redução na oferta. Contudo, essa expectativa está condicionada à atualização dos preços dos combustíveis, congelados desde outubro do ano passado.
Os investidores continuam a buscar oportunidades em meio aos descontos recentes, apostando na perspectiva de dividendos extraordinários no futuro próximo. Os papéis ordinários apresentaram uma valorização de 1,46%, enquanto os preferenciais subiram 0,95%. O volume financeiro movimentado na Bolsa atingiu R$ 20 bilhões, superando em 11% a média diária dos últimos 12 meses.
Por outro lado, o dólar avançou 1,24%, alcançando R$ 5,18, o maior patamar em quase um ano, em um cenário de crescente incerteza. A inflação em abril já atinge 3,38%, enquanto no acumulado de 2024 chega a 6,85%. Os desafios não se limitam à queda da Selic, com a pressão inflacionária persistente e a tensão geopolítica entre Irã e Israel, fatores que contribuem para a volatilidade dos mercados.
A busca por ativos mais seguros, como títulos do governo americano, intensificou-se recentemente, refletindo a expectativa de adiamento dos cortes de juros nos Estados Unidos. A conjuntura atual, marcada pelo agravamento dos riscos geopolíticos e fiscais, tem impactado diretamente o mercado cambial brasileiro, que liderou as altas globais recentemente. O risco de aumento no custo de vida e, mais especificamente, no custo dos alimentos no Brasil, é uma realidade cada vez mais palpável diante desse contexto desafiador.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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